sábado, 30 de agosto de 2008

POESIA - sem ofensas papai, mamãe e elis




Não Como Nossos Pais
(Valmique)


É difícil lidar com a fragilidade de nossos pais.
Provavelmente, em algum momento,
ter descoberto que eles eram de carne, osso e sentimentos como a gente,
deve ter sido decepcionante.
Entretanto, ficamos mais próximos: somos todos humanos.
Entretanto, é triste vermos o lado frágil e mesquinho de nossos pais
E é temeroso, chega a dar medo, saber que essas características negativas estiveram presentes em nossa criação.
É claro que somos mais do que reflexos de nossos pais. E é óbvio, que eles possuem diversas qualidades.
E assim, não há como negar que algo deles, senão muito, está em nós.
Mas temo pensar,
que essas características não apreciativas de suas respectivas personalidades,
seja algo presente em mim:
Escondido, esperando apenas uma situação para se manifestar.
Mas então, nessas horas,quando esses pensamentos surgem em minha mente
digo para mim mesmo:
Eu não quero ser assim.
Eu não vou ser assim.
Desta vez,
Não como nossos pais.

Um comentário:

Priscila Cunha disse...

Exatamente!

"Eu só não quero é deixar pros meus filhos a Pampa Velha que herdei do meu pai".

Tendo consciência de que a Pampa velha está no testamento, livre-se dela antes de morrer! Aí, sim, você talvez, consiga deixar algo diferente.

Passar a vida inteira culpando os pais é um comodismo. Nenhum ser humano é imutável. A Lei do Progresso nos pressiona a andar para frente. Cabe a nós identificar nossas más tendências e corrigi-las. O comportamento não é genético. É algo a se trabalhar.