domingo, 31 de agosto de 2008

AS TREVAS DE UM FILME DE AVENTURA - crítica sobre o filme batman, o cavalheiro das trevas.


Enfim vi Batman, O Cavalheiro das Trevas! Depois de tanto burburinho, tanto da mídia quanto de amigos. Mas não foi só "pelos outros" que vi Batman, mas também, por que eu gosto dele. Junto com X-Men, são os meus heróis favoritos das Telonas e dos quadrinhos.

Batman O Retorno, de 1992, me marcou. Já O Cavaleiro das Trevas (Batman, the dark night), me frustrou. Mas não escrevo isso com pesar, explico-me:

Poderia resumir ao fato do filme ser do gênero aventura/ação, o que não é o meu estilo favorito, apesar de ser boas formas de entretenimento, mas possui características próprias que não me agradam e que para mim, comprometem o próprio filme, como foi o caso de Batman, o cavaleiro das trevas. São elas: cenas de ação em excesso e falta de consistência na história e nos personagens.

Muito se falou sobre a atuação de Heath Ledger como Coringa, e realmente é muito boa. Ele consegue dar uma personalidade ao personagem quase oposta da que Jack Nicholson, deu ao Coringa em Batman de 1989. Mas provavelmente pelo gênero do filme, não há espaço para o personagem ser tão profundo quanto suas cicatrizes.

E se essa profundidade não está presente no antagonista, quanto mais na história do filme em si. Curiosamente, Batman parece ser um coadjuvante do seu próprio filme. Não pelo Coringa mas por si mesmo. Tanto que seu conflito existencial da figura do herói é tratado de forma superficial.

Apesar das observações acima, Batman o Cavaleiro das Trevas é um bom filme. Sobretudo por tentar sair um pouco do lugar dos filmes do gênero, seja na tentativa de criar um vilão mais consistente, ter um tom mais sombrio em sua história e até mesmo no final dado a mocinha do filme, interpretada muito bem por Maggie Gyllenhaal. Outro ponto positivo, é como se desenvolve a figura do outro vilão do filme, o Duas Caras. Apesar de também se dar de forma superficial ou sem a possibilidade de aprofundamento.

Assim, Batman tenta ser o herói de um gênero mas esquece das trevas que envolve o próprio gênero e conseqüentemente o envolve. Já Batman O Retorno, de Tim Burton explora o que é possível dentro das limitações que o gênero no qual está envolvido lhe impõe. Entretanto é extremamente válido o trabalho de Christopher Nolan em O Cavaleiro das Trevas, em explorar aspectos poucos explorados em filmes do gênero.

POESIA - auto-reflexão, auto-sabotagem e auto-crítica


Em que se está pisando
(Valmique)

É duro lidar com os próprios fracassos.
Reconhecer que você é o responsável pela merda em que está pisando.
Gostaria tanto poder culpar alguém pelo estado em que me encontro,
mas é positivo saber que me resta alguma dignidade no ato de não culpar ninguém pelo que eu não fiz ou não soube fazer.
Mas veja que ironia:
Estou à espera de um milagre.
Logo eu, que desce cedo percebi o ópio que era a religião: uma "viagem alucinógena" que não é para mim.
Se eu fosse norte-americano já teria escrito looser em minha testa.
Mas tem algo que não sei explicar. Então, não me pergunte como:
Ainda tenho sonhos.

MUZA - informe-se, inspire-se!

Uma nova fonte de informação. Fique por dentro de notícias gays de Belo Horizonte e do Mundo. Acesse: www.muzablog.blogspot.com


(ONE) BIG SUCCESS WONDER! - o problema de fazer muito sucesso... com um trabalho.



Será que o problema sou eu? Por ainda gostar de artistas que fizeram muito sucesso com o seu primeiro trabalho e não conseguiram repetir isso com os outros? Ao menos esse é o caso de Alanis Morissette e M.Night Shyamalan. Ela, lançou em 1995, o disco Jagged Little Pill, que vendeu mais de 30 milhões de cópias e deixou clássicos como Ironic, You Learn e You Oughta Know. Ela ganhou vários grammys - o oscar da música - e entrou para o guinners book, isso mesmo, o livro dos recordes, como a melhor estréia de um artista. Já ele, em 1999, lançou o filme O Sexto Sentido, que fez todo mundo sentir medo e ao mesmo tempo admirar a história do garotinho "que via pessoas mortas".

E daí? E daí meus caros, é que após esses verdadeiros SUCE$$OS todos os outros trabalhos lançados por eles não conseguiram nem um terço do sucesso alcançado por esses primeiros trabalhos.

É óbvio, que esses foram trabalhos realmente originais e surpreendentes. Alanis se apontou como uma maravilhosa solução para o pop/rock em uma época em que todos estavam de luto pela morte de Kurt Cobain. Já Shyamallan, trouxe vigor para um gênero em que muitos usam e abusam do clichê. Acontece, é que eles - cantora/compositora e diretor - mudaram, após esse lançamentos. Alanis foi pra índia e viu que o mundo é maior do que o umbigo do seu namorado e Shyamalan viu que o terror/suspense está presente na sociedade além da idéia de fantasmas e monstros.

Entendo que o público talvez queira um Jagged Little Pill 2, 3, 4, 5 e um Sexto, Sétimo e Oitavo Sentido. Mesmo para enjoar deles depois. Mas o que eu não entendo é os críticos, que agem de certa forma como esse público. Para exemplificar, cito duas matérias feitas pelo site G1, mas que é o mesmo caso em vários outros veículos.

Sobre o novo disco da Alanis, Flavors of Entanglement, lançado em junho desse ano, o título da crítica do G1 já é bem ilustrativo: Falta raiva a nova alanis. Já a matéria dedica parte de seus 6 Parágrafos para falar de como a cantora era na época de Jagged Litlle Pill e assim, ignora toda as transformações pela qual a artista passou por esses 13 anos (!!) desde o lançamento do disco. E o mesmo site, dedicou uma matéria sobre o novo filme de Shyamallan, só para falar que provavelmente esse filme não emplacaria como O Sexto Sentido. Ressaltando ainda, que ele não havia conseguido tanta bilheteria com os lançamentos dos filmes que vieram depois de O Sexto Sentido (?!).

Será que os críticos, pessoas teoricamente capazes de entender sobre o assunto que criticam, não percebem que não se trata de uma questão numérica ou comparativa? É claro que é preciso referências para falar de algo, ajuda o entendimento, mas não deve ser um obstáculo para a compreensão do assunto/lançamento em questão.

É claro que a Alanis durante esse tempo lançou discos poucos interessantes como So Called Caos de 2004 e que o Shyamalan fez filmes no mínimo "confusos" como A Dama da Água de 2006. Entretanto, ambos foram além do que seus possíveis rótulos. Alanis mostrou todo seu amadurecimento da compreensão humana em Under Rug Swept e Feast On Scraps, ambos de 2002. E Shyamallan foi em busca de conceitos mais sofisticados do medo, com A Vila, de 2004.

Existem os ONE HIT ONDER, artistas que fazem sucesso com uma música só, não é o caso da alanis ou shyamaln que apesar de não terem números grandes como o dos seus primeiros lançamentos ainda atraem um considerável público e atenções para seus lançamentos. Mas é um caso, também, de injustiça com interessantes artistas, que estão preocupados em ir além de si mesmo e de sua arte.

Confira as matérias publicadas no G1 e tirem suas próprias conlcusões. Para ler, é só clicar em cima da frase:


APETITOSO! - flavors of entanglement, o novo disco da Alanis Morissette



A mitologia grega da Fênix talvez seja a melhor forma para definir o novo disco de Alanis Morissette, Flavors Of Entanglement (algo como , sabores do obstáculo) . Fênix é uma ave que ressurge de suas próprias cinzas, com toda sua força. Já Alanis, ressurge após quatro anos com seu disco de inéditas depois de lançar dois discos focados no passado (Jagged Little Pill Acústico - uma regravação acústica do seu disco de maior êxito comercial - e The Collection - como o nome diz, uma coletânea baseada em seus 10 anos de carreira, ambos de 2005), um disco de inédita lançado em 2004, So Called Caos, que não trazia nada novo ou até mesmo interessante em termos musicais e líricos em relação aos seus trabalhos anteriores; e o principal, o fim de um noivado.

Assim, com Flavors, Alanis traz uma nova perspectiva musical para o seu pop rock - com o uso de elementos eletrônicos, fruto da parceria com Guy Sigsworth, que produziu e compôs junto com ela todas as músicas do disco - e uma temática lírica mais adulta, indo além das temáticas existenciais e amorosas do relacionamento humano. Desta forma, se de longe Flavors parece ser o melhor disco dela nesta década é no mínimo, o mais original e interessante.

O rock de Alanis com influência eletrônica de Guy, que já trabalhou com Bjork, Madonna e até Britney Spears, faz o som da canadense parecer revigorado de tal forma que num primeiro momento causa estranhamento, que no geral, funciona bem, com uma ou outra exceção. Mas após ouvir mais de uma vez, ou com a devida atenção, percebemos ali a Alanis de sempre: honesta com a expressão de seus sentimentos, em busca de entendê-los de uma forma humanista e psicológica com a energia do rock'n'roll e a facilidade do pop. É válido ressaltar, que Alanis é uma das poucas artistas que vale a pena você saber o que ela diz nas letras. Porque assim, você irá apreciar/aproveitar muito mais as suas canções.

Musicalmente Alanis está versátil. O disco traz combinações características da artista, como o rock somado a elementos indianos e baladas. Em alguns momentos, Alanis lembra artistas interessantes como Placebo e novos nomes do dito novo hard rock, como Linkin Park e Evanescence. Entretanto, destaca-se suas experimentações que resultaram em canções dance-eletrônicas e pop de melodias quase infantis. Entenda melhor no faixa-a-faixa do CD que fiz abaixo. Alanis se mostra tão positivamente imprevisível musicalmente, ou desencanada no campo experimental, que me deixou com vontade de ver como seria um disco dela feito em parceira com o Moby ou com Steve Osborne, que produziu diversos discos do Placebo.

Mas como comecei esse texto, estamos diante de uma fênix: Flavors mostra uma Alanis versátil, destemida, tanto artisticamente quanto pessoalmente, e de uma forma ou de outra, mostra também, mesmo que indiretamente, para aqueles - ou talvez até para ela mesma - que não acreditariam que ela poderia ressurgir seja artisticamente ou musicalmente.

Na postagem abaixo, segue um faixa-a-faixa do disco. Assim, você poderá melhor sentir/entender o Menu Saboroso proposto por Alanis em seu novo disco.

APETITOSO! - faixa-a-faixa do novo disco da alanis


Agora, um faixa-a-faixa de Flavors Of Entenglement para você melhor sentir/entender o Menu Saboroso proposto por Alanis em seu novo disco:

Citizen of the Planet - Logo na primeira música, uma mistura musical característica de Alanis: riffs pesados de guitarra com instrumentos indianos (tabla) e eruditos (violões cellos). Na letra, alanis faz um contraponto entre sua jornada pessoal de vida com a história mundial contemporânea. Um dos pontos altos do disco.

Underneath - A música também lembra algo característico da artista: música pop-rock, com peso nos refrões. A melodia e a letra transmitem paz e compaixão consigo mesmo e com as falhas humanas como um todo, sobretudo no refrão. Algo que já vimos em hits antigos da cantora como Thank U e Everything. Mas Underneath se mostra mais energética, e provavelmente mais contagiante, que essas outras canções.

Na letra, Alanis consegue de uma maneira interessante mesclar ensinamentos budistas em um paralelo com a conexão entre os problemas globais e pessoais que o ser humano e a humanidade enfrentam: There is no difference in what we're doing here/ That doesn't show up as bigger symptons out there. Pena que no geral as pessoas não estejam interessadas e/ou capacitadas para ouvirem canções que vão além de um coração partido ou de uma sensação extremamente positiva. Underneath junto com Citizen formam uma boa dupla de abertura para o disco.

Straitjacket - Apesar de Citizen e Undernetah lembrar tanto musicalmente quanto liricamente a Alanis de discos como Supposed Former Infatuation Junkie (1998) e Under Rug Swept (2002), Straitjacket é a canção que mostra aos ouvintes o resultado da parceria com Guy Sigsworth e experimentações eletrônicas que resultou essa parceria. Ao mesmo tempo, prepara para outra faceta da artista que será possível encontrar em outras faixas de Flavors.

Apesar de Straitjacket iniciar com um vocal e letra com um q de raiva e rancor ala You Oughta Know, sucesso de Alanis de 1995 que a apresentou para o mundo, é a primeira música do disco que causa estranhamento pela melodia: um eletrônico cru para balançar o corpo, com certeza influência de Guy. Mas passado o estranhamento é capaz de ainda na primeira ouvida, no máximo na segunda, você estar dançando pela sala ao ouvir a música.

Versions Of Violence - O fator eletrônico aqui mais uma vez é o que manda, mas o estranhamento dessa vez fica por conta de um vocal mais grave (grosso) da Alanis. Somado aos riffs de guitarra que lembram Evanescence e Linkin Park.. Como o nome da música diz, na letra, ela apresenta possíveis versões da violência em vários aspectos da vida "algumas vezes escondidas, algumas vezes claras"; Entretanto, esta música não chega a ser empolgante e é um dos momentos mais mornos do disco.

Not As We - Após o peso e a fúria de Versions e do nível barulhento do disco até então, eis que Alanis vem com uma canção feita só com sua voz e piano. Comprovando assim, já na 5a faixa, seu ecletismo musical, que ela já declarou em entrevista que aprecia bastante.

Como foi possível perceber até o momento as letras dos discos são de temáticas mais abrangentes do que o encontrado no geral por aí, Mas como a artista é a Alanis, que se destacou no mundo com a música You Oughta Know, de 1995, onde escrachava o ex por ter trocado-a por outra. Mas em Not As We, assim como em outras músicas do disco, o tema das canções é o final do seu noivado/relacionamento. Mas desta vez não há raiva ou indignação, mas muita tristeza, a tal ponto que ouvir algumas canções chega a ser constrangedor. E Not As We é uma dessas canções.

Not As We é uma bela e característica balada by alanis: sobre a dor amorosa com vocal emocionado. "e começar de novo mas desta vez eu como eu, e não como nós", canta a canadense no refrão. Momento de beleza e emoção do disco.

In Praise Of the Vulnereable Man - Apesar da letra ser uma homenagem ao seu ex, o que poderia ter uma melodia e vocal triste, Alanis opta aqui, mais uma vez com auxílios eletrônicos, em fazer uma de suas músicas mais positivas e contagiantes. Possivelmente um contraponto proposital entre a letra e melodia.

Até por que, se depois de Not As We viesse outra balada triste você já teria cortado os pulsos ou parado de ouvir disco pela tamanha sinceridade que Alanis se expõe, o que gera uma inevitável identificação com a artista. Mas bem que essa música pede uma gaitinha em Dona Alanis?

Na letra ela ressalta características que seu ex tinha, lamenta por ter perdido essa convivência e ainda o agradece por ter permitido ela ter tido contato com alguém como ele, sem ironia. It's ironic, don't you think?

Moratorium - A base eletrônica ganha mais uma vez destaque em uma das canções menos empolgantes do disco, apesar da boa letra, de soar modernete e mostrar o quanto a voz da alanis é bonita.

A música lembra um pouco a batida drum'n'bass ou algo da brasileira Fernanda Porto (?!). Mas não deixa de ser admirável Alanis colocar uma música dessas em seu disco. Ponto para a ousadia.

Curiosidade: o título do disco está na letra desta música.

Torch - É uma das baladas mais constrangedoras que Alanis já escreveu ou compartilhou com o público, você fica até sem graça de ouvir algumas coisa que ela canta por ser tão pessoal.

Na letra, o ápice da tristeza, ela lista as coisas que sente falta do homem que a deixou com um tom melancólico. Como o seu cheiro, o corpo dele na cama e até o jeito como ele amava os cachorros dela.

Giggling Again for no reason - Mais uma faixa que causa estranhamento mas depois da segunda ouvida você vai curtir. É uma música com melodia bem pop e no refrão traz a alanis cantando em falsete, o que é quase o oposto ou muito contido para uma cantora que sempre "gritou" tanto.

Mas a letra é ótima - algo como falar sobre o nada e falar sobre tudo - e a batida dance-eletrônica também é bem agradável ao ponto de fazer você se imaginar andando por uma estrada com o som bem alto e tentando recuperar a força na vida ao ponto de rir de novo aparentemente sem razão, como diz a letra da música.

Tapes - Para os saudosos da alanis roqueira de Jagged Little Pill é a canção mais próxima. Entretanto, lembra Placebo em seus melhores momentos. A letra, pra variar, também é muito boa, uma espécie de ironia com as falas ditas para terminar um relacionamento. Um dos melhores momentos do disco.

Incomplete - Uma quase-balada com elefeitos eletrônicos. Traz na letra e melodia uma Alanis otimista em meio ao turbilhão de coisas que lhe aconteceu, mas que ainda acredita em si, na vida e nos seus sonhos. Ou que ao menos quer acreditar, como todos nós, que "um dia estará casada, com filhos, e talvez filhos adotivos". Para isso, uma melodia com direito a dedilhados no violão, backing vocal e cantar palavras como Deus e Paz. Entretanto os efeitos eltrônicos, sobretudo no refrão, são confusos - mal colocados - e deixa a música pouco melódica. Mas encerra bem o disco.

Confira aqui, a versão ao vivo de Citzen Of The Planet.

A foto que ilustra essa postagem é a edição especial do disco, que contém cinco músicas extras. Destaque para "Limbo No More". Ouça aqui. Por quê ela ñão colocou essa música no cd "oficial"? Ai Alanis!

sábado, 30 de agosto de 2008

TRILHAS SONORAS - eu ouço, eu vejo, eu gosto.


Lista é uma coisa complicada. Polêmica. Seu objetivo é chamar a atenção e no fundo, por mais que seja uma forma cansativa/repetitiva consegue. O PARENTZS por exemplo, teve o seu post mais comentado sobre uma lista.

Bem, a que chamou minha atenção dessa vez foi sobre um assunto que me interessa muito: trilha sonora. Sim, um grande filme tem uma grande trilha sonora. Mas não necessariamente um está no outro, mas quando está, aí sim, é um grande filme, sem dúvida. Tanto de música instrumental quanto de música popular.

Na lista feita pelo site Gigwise, merecidamente constam no TOP 25, as trilhas de grandes filmes com grandes trilhas. Como Pulp Fiction (o primeiro filme que me lembro que a trilha foi tão comentada quanto ele, e olha que eu era um pirralho quando o filme foi lançado mas me lembro disso), Hora de Voltar ( Secret Garden em inglês, que tem uma das músicas mais belas, introspectivas e viajantes que já ouvi: a faixa “let go” da banda Frou Frou), Transpoitting (com a viagem lisérgica do hino eletrônico “Bornsleep” do Wonderwolrd e ainda a bela balada Perfect Drug do Lou Reed).

Entretanto, como todas as listas, para mim faltou algo. Algo mais popular e nem por isso com qualidade inferior. Talvez pelas boas memórias que as trilhas-sonoras e seus respectivos filmes que vou citar abaixo me tragam, mas no meu TOP 10 de trilhas também vão constar. Mas para não entregar o ouro de uma vez, durante o mês de setembro colocarei outras indicações de trilhas aqui no site. Abaixo, a primeira, para começar:

ROMEU E JULIETA (Romeo and Juliet, 1996).

Essa versão moderna do clássico de Shakespeare, com Leonardo DiCaprio no elenco, foi a primeira trilha sonora que comprei e que me abriu um novo mundo. Sim! O mundo das trilhas sonoras! E foi aí que eu me rendi de 4, de joelhos, por completo a música que toca naquele momento, músicas essas que desde então não passam despercebidas para mim.

Neste disco, se há o popular de “Lovefool” dos Cardigans e “Young Hearts Run Free” da Kym Mazelle, há o alternativo-cult de Radiohead, com “To You I Bestow”, e “#1 Crush” do Garbage, e o melhor: artistas que com certeza eu nunca iria ouvir e me identificar tanto quanto Quindon Tarver com uma das melhores músicas que já ouvi: “To You I Bestow”. Além de Stina Nordenstam com a delicada, cativante e emocinante “Little Star”. Além do rock-bossa-nova de The Wannadies com “You And Me Song” e a obscuridade de Butthole Surless com “Whatecer (i had a dream)”.

Se o filme não é tão bom não há dúvida de que a trilha é ótima! Os gemidos e vocais de Shirley Manson, do Garbage, cantando, em um quase suspiro “eu morreria por você”, deve ter feito Shakespeare revirar no túmulo! Mas de alegria!

ORGULHO! - Por que eu fui e continuarei indo a parada do orgulho lgbt


No último dia 20 de julho foi realizada a 11a Parada do Orgulho LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros) de Belo Horizonte. Esta já deve ser a quarta ou quinta vez que eu participo. Desta vez, cerca de 30 mil pessoas também me acompanharam pelas ruas da capital mineira. Um número discreto comparando com a realizada em São Paulo, que reúne mais de 3 milhões de pessoas e é considerada a maior do mundo, mas mesmo assim, 30 mil pessoas é um número significativo. Entretanto, poderia ser maior se você também tivesse ido.

Ok, talvez eu devesse ter escrito e publicado esse texto antes da realização da Parada, mas são os próprios gays militantes que fazem questão de frisar que a Parada/Orgulho Gay é durante todo o ano e não apenas em um dia. Então, meus argumentos são válidos, afinal, você, assim como eu, conhece um gay ou uma lésbica e é tanto a causa deles, quanto a minha e a sua, que as Paradas realizadas em todo o mundo defendem: o direito de ser o que é. Mais do que uma forma de amor específica, mas o direito de você viver a sua vida de sua maneira, sem vergonha, com orgulho e feliz. E é assim que deve ser, independente de orientaçao sexual, raça, credo e tantas outras opções que fazemos individualmente em nossas vidas.

Primeiro, com certeza aquela história de que uma pessoa pode fazer a diferença se aplica nesse caso. Já imaginou se cada um que conhece um gay ou lésbicas ou B ou T estivesse ido na Parada? Certamente estaríamos mais próximos do número da Parada Paulista. Sim, porque para ir a Parada não precisa ser gay, lésbica e Cia. Eu mesmo presenciei famílias “tradicionais” formadas por pai, mãe e filhos lá no Domingo. E qual o problema de você ir? Vão falar q você é gay? E isso te preocupa? E isso por acaso é alguma ofensa? Imagino que você já esteja bem grandinho para se preocupar com o q os outros vão supor sobre você. Se eles não acreditarem que você estava lá para apoiar o direito de cada um fazer o que quiser de sua vida, desde que haja respeito com o próximo, o problema seria eles e não você, certo?

Se assim for, as Paradas se tornarão uma verdadeira festa fora de época e não estou falando de micaretas. Serão várias pessoas se divertindo pelo bem. Sei que números são números, mas se você pensar que sua presença pode ser significativa na vida de pessoas que sofrem diariamente com o preconceito físico, verbal e até o silencioso... Ou que milhares de casais gays não podem ter seus direitos assegurados quando resolvem dividir a vida juntos. Direitos esses, os mesmos que você tem com sua namorada(o). Negá-los a uma parcela da população lhe parece justo?... Você vai ver que você faz diferença sim! Sua presença ajuda a visibilidade dessas e outras questões tão importantes para vida do outro.

Além do que, ir a Parada lhe traria diversos benefícios. Tanto para sua saúde física quanto mental e até para sua vida social. Dúvida? Então pensa comigo: Primeiro, as Paradas geralmente são realizadas nos Domingos e há dia na semana em que estamos mais a toa do que esse? Você não acha que seria melhor ir as Paradas do que ficar em casa sentado na poltrona vendo Domingao do Faustao ou passar o dia deitado na cama sem fazer nada? Ou que tal, sair um pouco da rotina e fazer um programa diferente com os amigos e/ou família? Este seria o benefício mental de ir a Parada e ao mesmo tempo social, afinal, sua sociabilidade provavelmente ali seria desenvolvida. Você estaria ali conversando com outras pessoas e reforçando os laços entre os conhecidos.

Sua saúde física também seria beneficiada, afinal, você iria se exercitar um pouco andando pelas ruas da cidade e talvez queimaria até um pouco das calorias ao dançar ao som dos trios-elétricos, que acompanham a Caminhada. E calma, não é só música eletrônica que toca, tem axé, mpb. Enfim, músicas diversas para público diverso, nada mais coerente. Além dos clássicos “gays” que todos adoram. Ou você vai negar que não dança Dancing Queen do Abba, I Will Survive de Donna Summer ou YMCA do Vilage People em festas - bailes de formatura, festas de quinze ano, de casamento e até na balada - por aí?

E sabe qual seria o benefício principal? Lá, você verá um tanto de gente se amando tranqüilo, tranqüilo... como o amor deve ser. E assim, você seria inundado por um bem estar ao perceber que todos só querem no fundo no fundo serem felizes e sentir-se amados. E não há problema algum nisso.

Aliás, o que fazemos de nossas vidas, ou melhor, o que as pessoas acham e interferem com o que fazemos de nossas vidas é algo que me deixa intrigado. O que o outro faz da vida incomoda tanto? Deveria te incomodar tanto? Se não há desrespeito, violência, maldade na ação, então qual é o problema? Não me diga que dois homens ou duas mulheres se beijando lhe desrepeita, lhe violenta ou é um ato de maldade baseado em crenças, idéias em que você provavelmente nunca chegou a questionar para saber se elas fazem sentido ou não. E não venha também querer argumentar dizendo que não é natural, porque o “homossexualismo” é presente também em outros reinos da natureza.

Então, por acreditar que minha presença faz diferença para o bem da vida das pessoas; por perceber que é o mínimo que posso fazer para que vivamos em um mundo melhor, mais tolerante; por acreditar na simbologia daquela celebração ao amor e a vida, e principalmente, a liberdade de escolha; Enfim, por tudo isso e por muito mais: fui e continuarei indo nas Paradas Gays do Brasil e do Mundo. E espero sinceramente poder lhe encontrar em alguma. E quem sabe, vamos juntos na próxima?


MADONNA - uma história sobre o por que d´eu gostar dela


Madonna fez 50 anos neste mês de agosto e o presente é nosso: ela vem ao Brasil em dezembro com a turnê Sticky And Sweet Tour. Mas já faz um bom tempo que gosto dessa "senhora". Abaixo, conto tudo:

A primeira vez que lembro de ter ouvido falar de Madonna foi em algum domingo de 1992, quando foi lançado no programa global, Fantástico, o vídeo-clipe da música Erotica.

Na época, eu tinha nove anos e desde então, associei a artista que nele estava a palavras como "polêmica", "mulher forte", "artista irreverente" e claro, "pop". Mas como disse, ainda era uma criança e talvez era cedo demais para me aprofundar no universo de uma "rainha".

E assim, o tempo foi passando e Madonna se manifestava esporadicamente em minha vida. "Rain" me consolava nas madrugadas solitárias da pré-adolescência, "Human nature" me chamava atenção pelo vídeo com coreografia inusitada, "Secret" pela batida irresistível e até "Don´t cry for me argentina" me emocionava.

Mas em 1998 as coisas começaram a mudar... talvez fosse os hormônios da adolescência, afinal, agora já tinha 15 anos, ou talvez as portas das minhas percepções começaram a se abrir. Lembro de ver uma matéria, nesses canais de fofoca internacional, falando sobre o clipe de “Frozen” e... levei um choque!

Na tela, estava uma mulher de cabelos negros, falando sobre espiritualidade e maternidade. Bem diferente da loira dominadora de anos atrás. Talvez foi o meu primeiro contato com a palavra Reinvenção, algo que mais tarde fui perceber ser constante na carreira da eterna material girl.

Mas como sou mineiro e geminiano, não me convenci rápido. O clipe de “Frozen” me hipnotizou, a música “Ray Of Light” me fazia dançar toda vez que eu a ouvia no rádio, “The Power Of Goodbye” me fez pensar sobre a vida e em mim mesmo. Mas só em 2000 (!?!) que um raio de luz me atingiu em cheio.

Quando ouvi a música "Drowned World/Substitute For Love", do disco Ray Of Light de 1998, me rendi e quando dei por mim, já estava “afogado” naquele mundo recém descoberto de pop, polêmica, qualidade musical, irreverência artística, relevância social, clipes bem produzidos e canções contagiantes que só Madonna sabe oferecer.

Desde então, tenho adquirido todos os discos, novos e antigos (o meu preferido, até agora, é American Life, de 2003), e me informado sempre sobre essa artista única. E confesso on a dance floor que desde que me aprofundei nesse mundo, dele não quis mais sair.

DIREITOS E DEVERES - a dificuldade dessa conduta em nossa cultura brasileira


Como cidadãos temos uma série de direitos e deveres que devemos exercer para termos uma melhor convivência social. Entretanto, percebo freqüentemente, que é de nossa cultura brasileira não exigirmos nossos direitos. Talvez, por acreditarmos que não temos esse direito ou por considerar que um dia não não exerceremos nossos deveres.

Isso acontece desde situações micros quanto macros. Desde o vizinho que poe música alta depois das 22h até nossa postura política nas eleições.

Essa constatação, baseado em minhas observações e depoimentos de pessoas próximas, me deixam indigando e ao mesmo tempo triste.

Essa prática de não praticar o exercício de nossos direitos e deveres é tao complexa que atinge um nível em que muitos não se sentem no direito de exigir coisa alguma. E confundem, erroneamento, a exigência de nossos direitos com falta de respeito e ofensa ao outro.

Por exemplo, se um vizinho está "fazendo barulho", leia-se música alta ou festas/reuniões, depois das 22h, muitos não se sentem no direito de ir lá ou ligar e pedir educadamente, é bom ressaltar, que diminua o barulho, o som. Mas qual o problema de você ire lá e fazer essa solicitação educadamente? Mas essa relação direito/deveres está tão corrompida em nossa sociedade que o vizinho, que tem o direito de ouvir música, receber visitas, fazer festas, se sentirá ofendido e quem "pediu" constrangido. Então, nesse raciocínio doentio, muitos preferem não fazer nada e ir dormir, depois de um dia de cansaço, somente depois que os outros resolverem ir dormir e assim, cessar o barulho.

Não se trata de uma questão vulgar de "os incomodados que se retirem" mas sim de condutas para uma boa convivência. Afinal, se hoje, são eles "que incomodam", amanhã, é você que pode incomodá-los.

É claro, que para a convivência entre as pessoas contamos com um fator importante e que poderia ser determinante: o bom senso Entretanto, não são todos que tem bom senso . Por isso, a prática do direitos e deveres ser fundamental.

Outro dia, para ilustrar, estava no cinema com um amigo e atrás de nós estavam duas mulheres. Uma delas, ficava, não sei por qual motivo, batendo na cadeira do meu amigo. Ele, possivelmente "vítima" dessa cultura de "para que incomodar os outros?" não fez nada. Eu, talvez impaciente, pedir ela para parar. Ela parou por um tempo e voltou. Daí, não fiz mais nada, afinal, eu não estava na cadeira dele e ele não gostou quando intervi na primeira vez, e então, esperei ele fazer algo. Mas ele, nada fez. No final do filme ele disse que se sentiu incomodado e eu perguntei porque ele não pediu para ela parar, ele disse que não queria ficar constrangido caso ela fosse ríspida com ele e alegou que talvez ela tivesse esse "tique nervoso" de balançar as pernas. Então, considerando a hipótese de que ela realmente tivesse esse "tique", ela não perceberia que estava incomodando, ou seja, aqui, ela não teria bom senso. E então, se tornaria necessária uma intervenção. No caso, do meu amigo virar e chamar a atenção dela de que ela estava incomodando-o e que assim como ela, ele, tinha o direito de ver o filme tranqüilamente.

Aliás, cinema é um lugar onde bem ilustrativo. Todos estão ali com um objetivo, ver o filme. E vê-lo da melhor maneira possível: confortável, tranqüilo e em silêncio. Mas com certeza, vocês já testemunharam que não é isso o que geralmente acontece. Não vou falar dos adolescentes que tem uma postura típica. Mas sim, daqueles que resolvem comentar o filme enquanto ele está sendo exibido, ou daquele que atende o celular para dizer que não pode falar no momento (?!), ou aquele outro que fica mexendo no celular e não percebe que a luz do aparelho pode tirar a atenção de quem está assistindo.

Enfim, exemplos não faltam em nosso dia-a-dia, desde o funcionário que prefere não cobrar as passagens do ônibus quando fica depois do horário e perde o especial da empresa por achar que pode estar sendo mesquinho ao solicitar esse direito até os que votam e não cobram ou acompanham o desenvolvimento de seus políticos quando são eleitos.

É lamentável ver que muitos preferem não exigir seus direitos e assim, valer seus deveres, por motivos que ele mesmo desconhece. E mais triste ainda, é saber que esse é um fator cultural de uma sociedade. E assim, cabe a nós, somente a nós, mudarmos essa conduta e termos outra postura.

WHAT´S HAPPENING? - crítica do filme "fim dos tempos"


Por que gosto dos filmes de Shyamallan, posteriores a Sexto Sentido? Pelas idéias. Não que a idéia de Sexto Sentido, um clássico, seja ruim. Claro que não, mas ela é uma revigorada de um gênero: o suspense. Seus filmes posteriores são difíceis até mesmo de serem classificados.

Em seus filmes há suspense, mas não se pode restringi-los apenas como um filme de suspense. Ou talvez, seja um novo tipo de suspense. Mas o problema, ou melhor, o problema de Shyamallan é a forma como seus filmes são vendidos e como o público tem a intenção de vê-lo: um filme de suspense.

É certo que as idéias do diretor já foram melhor trabalhadas em filmes como A Vila e O Corpo Fechado. Já em Fim dos Tempos, seu filme mais recente, é um em que as idéias não foram desenvolvidas da melhor maneira.

Em Fim Dos Tempos (The Happening) a idéia não é ruim, mas talvez esteja batida, a do “ecologicamente correto”, mas é interessante ele colocar essa idéia em um filme de suspense (?). Além disso, o filme é extenso e as atuações também deixam a desejar. Se você não viu o filme, é bom parar por aqui.

O Filme inicia de forma intrigante: algo está matando as pessoas e ninguém sabe o que é. A cidade fica um caos e o jeito é fugir. Mas a medida que se foge notícias de que a matança continua e essa suposta “epidemia” está se alastrando pelo estado. Até a metade, o filme tem um bom ritmo e prende a atenção. Mas da metade para o final ele se estende sem necessidade e com diversos momentos desnecessários. Aparece uma personagem que nada acrescenta para a trama, como uma espécie de “velha louca da cabana” e um drama forçado e sem graça: a inclusão de uma criança que perde os pais.

Mas a idéia principal do filme é interssante: a de que a natureza pode querer vingança e matar alguns de nós como alerta. (Mas nós já não estamos fazendo isso? Bem observado Shyamallan). E se isso não servir de aviso ela vai se vingar de novo. Além disso, é interessante como espectador ter um filme em que suas intenções não são tao claras, e exige de quem assistir supor algo baseado no que o diretor nos fornece. Uma espécie de diálogo, onde o público é convidado a participar. Entretanto, Fim dos dias não é uma de seus melhores filmes.

Entretanto, lamento as pessoas as vezes quererem ir ao cinema com o objetivo de ter a melhor sensação, o que não é necessariamente contato com a melhor idéia. O comentário abaixo é bem ilustrativo. Foi retirado do Blog do Zeca Camargo:

Achei impressionante a reação das pessoas ao saírem do cinema, a maioria, claro, com ódio ao filme e revoltada por não terem uma explicação concreta e óbvia para o que aconteceu em Fim Dos Tempos (um atentado terrorista, uma mutação das árvores, um vírus, o que fosse). Definitivamente, não sabemos conviver com hipóteses. Preferimos “certezas”, ainda que inventadas ou manipuladas.

POESIA - sem ofensas papai, mamãe e elis




Não Como Nossos Pais
(Valmique)


É difícil lidar com a fragilidade de nossos pais.
Provavelmente, em algum momento,
ter descoberto que eles eram de carne, osso e sentimentos como a gente,
deve ter sido decepcionante.
Entretanto, ficamos mais próximos: somos todos humanos.
Entretanto, é triste vermos o lado frágil e mesquinho de nossos pais
E é temeroso, chega a dar medo, saber que essas características negativas estiveram presentes em nossa criação.
É claro que somos mais do que reflexos de nossos pais. E é óbvio, que eles possuem diversas qualidades.
E assim, não há como negar que algo deles, senão muito, está em nós.
Mas temo pensar,
que essas características não apreciativas de suas respectivas personalidades,
seja algo presente em mim:
Escondido, esperando apenas uma situação para se manifestar.
Mas então, nessas horas,quando esses pensamentos surgem em minha mente
digo para mim mesmo:
Eu não quero ser assim.
Eu não vou ser assim.
Desta vez,
Não como nossos pais.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

TOP 3 WEB - jewel, madonna e tibet


01 ::

Uma artista que chama minha atenção é Jewel. Nos anos 90 ela lançou discos maravilhosos, como Spirit e Pieces Of You, na nova década seus trabalhos vem ficando cada vez mais fracos: uma mistura de pop e country bem enjoativa. Mas como disse, talvez pelo seu passado, ou por sua bela voz, ou por suas boas intenções, como o vídeo “Good Day” do seus disco de 2005 Goodbye Alice in Wonderland eu sempre presto atenção no que ela lança.

Em junho desse ano ela lançou mais um novo disco, Perctly Clear, e infelizmente não chegou no Brasil. Com esse lançamento, um novo single e vídeo vieram junto. Mas nada relevante. Pelo contrário, uma música bem chatinha. Mas é Jewel, então, vale a pena ouvir de novo. Ouça e veja aqui.

02 ::

A turnê de 2004 de Madonna, Re-invention Tour, não foi lançada em DVD. Dizem que estava nos planos da Diva, mas fato é, que não foi lançado. Em 2006 saiu um documentário baseado na turnê, I’m going to tell you a secret, em que é possível ver algumas partes do show. Mas fato é, que desde 2004 sempre “vaza” algo dessa turnê, em alta qualidade, na internet.

Desta vez, foi a o vídeo de abertura do show com a música “The Beast Within”. Na música Madonna mistura trecho de seus sucessos, Erotica, com partes do livro do apocalipse da Bíblia?! O resultado? é primoroso! E somado ao vídeo feito por Steven Klein, onde Madonna aparece como uma mulher mística, sinistra e elástica faz desse um de seus melhores trabalhos.

Para ver o vídeo, clique aqui .

03 ::

O Projeto The Art Of Peace Foundation que lançou o cd Songs For Tibet. O Cd traz um monte de artistas bacanas como Alanis Morissette, Moby, Sting e tem o objetivo de chamar a atenção para o “país” mais zen do mundo que está sob domínio do Governo Chinês e quer a independência. Tanto que o lançamento do material foi no dia 5 de agosto, três dias antes da abertura das Olimpíadas.

Para saber mais do Projeto, da Fundação e ainda ouvir trechos das músicas clique aqui.

CD IMPORTANTE - a importância de se ter o que realmente importa


Em julho comprei um cd que há anos queria comprar e acabava que nunca comprova. Seja por lançamentos que chegavam e eu não “resistia”, ou talvez, porque eu já tive esse cd há um tempo mas foi roubado.

O CD é o ZOOROPA do U2 - disco de 1993. Não sou um grande entendedor da carreira do U2. Sei que o que melhor eles produziram foi na década de 80, mas para mim, este é o melhor disco deles. E eu conheci esse disco por acaso. Ganhei ele de Amigo Oculto - sim, aquela brincadeira que só tem graça mesmo quando você não sabe o que vai ganhar. Lembro, que estava na quinta ou sexta-série do primeiro grau e quando passou a lista para escrever o que queria , escrevi apenas algum cd do U2. Qualquer um. E eis que tive essa agradável surpresa. Não é que o Amigo oculto quando o presente realmente é oculto pode funcionar?

Foi paixão a primeira ouvida. Vocês já tiveram isso? Ouvir um cd e saber que de alguma forma você se identificava por inteiro com ele e ele toca algo em sua alma, sua essência que você talvez nem tinha noção que existia? Felizmente, isso aconteceu comigo outras vezes.

Anos depois esse querido disco foi roubado no toca-cds de um carro e desde então fiquei para comprá-lo e sempre adiava. E eis que agora já o tenho em mãos. E daí? E daí que quero compartilhar com vocês, a história, a sensação e a constatação de como é bom na vida procurarmos algo que realmente tenha haver conosco: é uma sensação mais profunda do que apenas acompanhar o que aparece. Existem outros cds que ainda não tenho pelo mesmo motivo que não tinha esse, mas espero tê-los e a medida que o tiver em mãos vou compartilhar com vocês o que acho desses cds.

Sei que para muitos Zooropa não é o melhor do U2, mas para mim é. O grupo se mostra com a cabeça aberta, provavelmente em busca de uma sonoridade nova e presenteia o ouvinte com um som que pode ser descrito como se você tomasse um extasy no caminho de volta para casa depois de uma boa balada. Os efeitos eletrônicos, os riffs de guitarras acompanhados por sintetizadores, o vocal mais sedutor do que nunca do Bono, os agudos ala travesti de Bono, letras que alternam entre a sensação de desprendimento e belas e simples conclusões filosófica da vida (Somedays Are Better than Others) até metáforas absurdas (Lemon), além de romance quase infantil e adolescente (Babyface) e críticas políticas (Zooropa, faixa-título). Faz desse disco um marco de genialidade na música.

O U2 mostrou algo novo sem medo. Sem medo de parecer eletronico, sem medo de parecer ridículo, sem medo de parecer possivelmente rock-gay. Para isso foram atrás do produtor Brian Eno, mas sem medo, não como o Coldplay fez atualmente em Viva La Vida, para tentar a sorte.

Fãs não gostaram muito, talvez porque o U2 já vinha do também eletrônico Actun Baby, de 1991, mas mesmo assim redenderam bons momentos da carreira do U2. Seja por uma das melhores baladas já feitas pelo grupo, Stay (far away, so close!) ou pelo fantástico clipe da música Numb. Aquele em que fica somente o rosto do guitarrista The Edge e várias situações vão acontecendo com ele, até mesmo um pé é colocado em sua cara.

Experimente ouvir Lemon e dançar essa música no escuro com os olhos fechados ou Cantar em voz alta Somedays e você talvez entenda o que esse disco causou em mim.

Com Zooropa, algo genuíno em mim foi tocado de uma maneira única. E aqui está a minha dica de um fantástico disco que não tem medo de ousar e ainda assim soar pessoal e agradável. Há algo ali não dito que é para ser sentido. Ouça, tenha, assista.

Abaixo, dois bons momentos do disco. Aproveite: