quinta-feira, 29 de maio de 2008
1998 - um ano para ser lembrado no mundo da música
sábado, 24 de maio de 2008
POESIA - para faltar o respeito
Segure minha mão
e leve-me para perto do seu corpo.
Porque minha mente,
já está em você.
E desrespeite-me ainda mais,
Sussurrando
idéias, convites e propostas
loucas
em meu ouvido.
porque não ousaria mais uma vez,
desrespeitar a ti.
Já que um dia,
invadi seu espaço, e desestruturei o meu, sem o devido respeito
(mas éramos ainda mais jovens...)
Não está nos levando a lugar algum.
Então:
Desrespeite-me.
RUFUS! RUFUS! RUFUS! - show do rufus wainwright no Brasil
LIKE A RAPADURA - hard candy, o novo disco da madonna
Talvez para entender o que escreverei sobre o novo disco da Madonna, Hard Candy, seja interessante você saber qual foi o primeiro disco que comprei da "material girl": Ray Of Light. Um disco lançado em 1998 e que após dez anos de seu lançamento é, sem dúvida, considerado um dos melhores de sua carreira. Sobretudo pela inovação musical ali apresentada, um pop-eletrônico sofisticado, e por trazer uma Madonna mais madura, profunda e ao mesmo tempo jovial, dançante. Desde então, Madonna lançou um disco tão bom ou melhor após o outro: Music (2000), American Life (2003) e Confessions On A Dance Floor (2005) vieram na seqüência. São discos que levam o ouvinte para outra dimensão da pop music, de um jeito que só Madonna é capaz de fazer: ousado, diferente, dançante e acima de tudo, pop.
Voltando para 2008, com Hard Candy (Algo como "doce duro" em português) Madonna nos leva, desta vez, para uma dimensão conhecida e comum da pop music atual: a das batidas hip hop, que já estão saturando as rádios atualmente. E se a volta ao passado parecia sutil em Confessions, em Candy, podemos ver claramente algo muito familiar com a cantora de "lucky star" e "burning up" de 1983. Não que isso seja necessariamente ruim, mas não é vanguardista como ela vinha sendo até então. Além de em alguns momentos, Madonna lembrar outros artistas, para os quais com certeza ela já foi/é referência, como Gwen Stefani, Nelly Furtado e o próprio Justin Timberlake, um dos produtores do disco.
Com isso, não quero dizer que Hard Candy seja ruim. Não é. É um disco positivo, dance e pop. Provavelmente o mais positivo lançado pela cantora nesta década. Mas seria muito bom se fosse o novo disco da Rihanna, mas por ser Madonna, que já lançou Ray Of Light, Music, Like A Prayer, Bedtime Histories é um disco apenas bom.
Teria ela me acostumado mal? Estaria eu sendo exigente demais com a Rainha do Pop? Duro com uma mulher de quase 50 anos? Insensível com um ícone que sempre ditou/dita tendências? Uma artista que com seus 25 anos de carreira fez mais do que 25 carreiras de outros artistas juntos? Estaria ela apenas relaxando neste momento? Estaria ela apenas querendo reconquistar os Estados Unidos? Cumprindo seu contrato com a Warner e guardando seu brilho artístico para o primeiro disco pela Live Nation? Qualquer que seja a resposta, acredito que o que Madonna menos quer é gentileza, concessões ou a alienação dos fãs.
Entretanto, Hard Candy traz uma das mais potentes trincas-musicais-dançantes-pop presentes em um disco da artista: as músicas "Candy Shop", "4 Minutes" e "Give It 2 Me", que em seqüência abrem o disco. A primeira, uma debochada, irônica e muito bem construída metáfora sobre doces, sabores, sexo, mulheres e por quê não, concorrência no mercado musical/showbizzness. A segunda, "4 Minutes", tem uma batida boa mas peca pelo excesso de efeitos, mas é contagiante o suficiente para introduzir um futuro clássico na carreira de Madonna: "Give It 2 Me". Que traz um dos melhores refrões pop dos últimos tempos.
De resto, infelizmente, Hard Candy não mantém o nível, mas traz agradáveis surpresas como a funkeada "She's Not Me", "Incredible" (estas duas músicas, do meio para o final, ficam muito mais interessantes. Ouçam e irão sentir o que estou escrevendo. Além de "Incredible" trazer uma das melhores rimas bobas e ao mesmo tempo genias que só Madonna é capaz de fazer: "Incredible/Let's finish what we started/ Incredible/ You´re welcome to my party") e até com a algazarra lingüistica e musical de "Spanish lesson". Em "Heartbeat" e "Beat Goes On" (esta, totalmente diferente da "demo" que vazou ano passado, o que não quer dizer que tenha ficado melhor) a voz de Madonna parece dessonante demais, leia-se aguda, para as batidas hip hop de Pharrel Willians (que conseguiu ter a melhor química musical com Madonna em todo o disco) e Kanye West. Além de momentos descartáveis, como "Dance 2night" e "Devil wouldn't regonize you", que no primeiro acorde é possível reconhecer que vieram da dupla timberlake/timabaland.
Assim, vemos que Hard Candy, como o próprio nome diz, é um doce pop difícil de engolir. Mas como mesmo escrevi, é doce e pop, duas características que não são ruins. Ainda bem que Madonna é inteligente para desviar nossa atenção com outro talento/lançamento musical: sua nova turnê, a "Sticky and Sweet Tour" (que com a benção de Deus, Buda, Alá, Oxum virá ao Brasil). E confesso, on a dance floor, que vai ser ótimo poder curtir alguma das músicas de Hard Candy ao vivo.
Confira abaixo a música "Give It 2 Me", que será, merecidamente, o segundo single do disco:
http://www.youtube.com/watch?v=jekVqOdvisI
IMAGEM É TUDO – o interessante mundo da fotografia e dos ensaios fotográficos
ACHADOS PERDIDOS - parte 2
imagem: imagem sobre obra (o formato da fumaça) de Vik Muniz.
sexta-feira, 23 de maio de 2008
TOP 3 WEB - pênis, scarlett e bjork
http://www.taschen.com/pages/en/catalogue/sex/all/05703/facts.the_big_penis_book.htm
QUANDO A MARÉ ALTERA - os novos projetos de norah jones
MEMÓRIAS VIVAS! - um poema e um conto, duas versões de um mesmo assunto De Onde U Garoto Lembrou de Alguns Sentimentos
Quem poderia imaginar?
(Valmique)
Anos depois,
O mesmo mês,
O mesmo lugar,
Aquela mesma pessoa.
Anos depois,
o mesmo gosto,
o mesmo jeito,
em outra cama.
Anos depois,
as mesmas lembranças,
o mesmo estilo.
Minha memória de elefante,
meu nome esquecido.
Anos depois,
O tempo não pareceu influência determinante,
para mudanças relevantes.
Anos depois,
ao menos a cidade,
daquela janela de hotel,
apresentava-se para mim,
diferente.
A inimaginável coincidência
(Valmique)
Quem poderia imaginar que após 7, 6 anos encontraria a mesma pessoa, no mesmo lugar, no mesmo mês? Alguém que já foi sinônimo de libertação e auto-afirmação, uma importante parte de minha história. Uma lembrança eterna estava ali, viva, diante de mim.
Neste encontro casual, fiquei estupefato durante um bom tempo por aquilo estar acontecendo. Mas passado o susto, decidi viver o momento, que já tinha passado. Nele, ele, disse que não acreditava em coincidências, mas o encontro, assim como o anterior, não havia espaço para profundidades.
Ele, com seus 30, eu, com meus 20. E depois de tanto tempo, algumas coisas aconteceram. Falei sobre minha graduação e relacionamento estável, com direito a divisão de mesmo teto. Ele, disse que foi embora da cidade logo depois que nos conhecemos e voltou para sua terra natal, morou um ano no exterior e hoje vive em São Paulo com os seus pais e pode voltar para BH. Relacionamentos? Pelo visto nada significativo, ou como já disse, o momento, ao menos para ele, não pedia profundidades. No máximo, frases que poderiam ser discutidas.
Ele admitiu que memória não era o seu forte. Tanto que não lembrava de mim. Só durante a conversa ele falou que minha fisionomia começou a ficar familiar para ele. Engraçado isso... já eu, lembrava seu nome, onde morou, seu visual, o que fizemos e nos dissemos, o filme que “tentamos” assistir juntos e até onde nos encontramos lá no início da década. Para ele, 2002, para mim, 2001.
Mas não tinha certeza e isso não importava. Mas era engraçado porque ele usava as mesmas roupas de quando nos encontramos. Claro, não as mesmas peças, mas o mesmo estilo. Será que o tempo não é tão significativo assim na vida das pessoas? O suficiente para mudanças? Será que eu mudei nesse tempo? Será que minhas roupas eram as mesmas? As roupas eu posso afirmar que não e por um momento, me senti melhor do que ele, e por um momento também, tive medo das respostas.
Lembro agora de olhar pela janela do quarto do hotel que ele estava. A cidade ali, foi me apresentada por um outro ângulo, que eu desconhecia. Ah, claro, fui ao hotel que ele estava hospedado. Fiquei grudado nele como um parasita desde quando o reconheci. Talvez, na esperança de sugar algum sangue com vida para preencher as veias da minha. Mas fiquei mesmo como uma barata tonta, apesar de eu nunca ter visto uma. Afinal, queria agarrar o que estava acontecendo por já ter acontecido um dia e não imaginava que poderia voltar a acontecer.
Enfim, trocamos e-mails. Ele não escreveu. Eu também não.
Trilha sonora 1:
http://br.youtube.com/watch?v=ZKbLfdSsKGQ
Tilha sonora 2:
http://br.youtube.com/watch?v=STn-_Nto3wY
CURTAS - para curtir ou não
Alanis Morissette lançou um novo clipe para a música "Underneath", primeira música de trabalho de seu novo disco Flavors Of Entenglemant (que será lançado em alguns dias!). Na verdade é o video-oficial da música. Um outro vídeo que está na web foi feito apenas para um Festival de Cinema do ano passado. Aprecie e reflita:
No link abaixo você pode ver uma lista de 50 estrelas da música que já ficaram peladinhas, peladinhos. Perversões? expressões artísticas? Marketing? Surtos? Mal gosto? Você decide: