quinta-feira, 29 de maio de 2008

1998 - um ano para ser lembrado no mundo da música



Você lembra de 1998? Musicalmente falando? Em 2008, completa-se uma década de um ano que trouxe muita música boa. Não que em 99, 97 ou 2007 não tenha sido lançado algo bom, claro que não. Mas naquele ano em particular, artistas que ainda são relevantes e/ou interessantes lançaram obras/discos idem:

Madonna trouxe um pop maduro, moderno e contagiante com Ray Of Light


Alanis Morissette trouxe novas perspectivas para o rock e o pop com Supposed Former Infatuation Junkie



O Placebo sofisticou o rock com melodias mais elaboradas com efeitos eletrônicos, um gosto retrô e um q melancólico no disco Without You I´m Nothing.



Jewel apareceu mais emocionante, reflexiva e sensível do que nunca em Spirit



Ainda teve PJ Harvey com Is This Desire?; Marilyn Manson e seu visual andrógeno-futurista, com direito a seios, em Mechanical Animals; o Hole, de Courtney Love, veio com Celebration Skyn; Tori Amos com From the Choirgilr Hotel; O Smashing Punkins lançou Ava Adore e o Garbage passou com louvor “na prova” do segundo disco, com Version 2.0.

98 também foi um ano de boas revelações/estréias: Rufus Wainwright lançou o homônimo primeiro disco na primavera daquele ano; Natalie Imbruglia chegou ao continente americano com seu primeiro disco, Left Of The Middle, lançado no final de 97 na Europa e Austrália; Lauryn Hill, ex-vocalista do grupo The Fugees, lançou seu primeiro e aclamado disco solo, The Miseducation of Lauryn Hill.

As trilhas-sonoras de filmes também foram destaques em 98. Mas um balada se destacou, pela bela letra e melodia. Não, não estou me referindo a My Heart Will Go On, da Celine Dion, tema de Titanic, que tocou exaustivamente naquele ano, mas sim a outra música: Iris, do Goo Goo Dolls, trilha do filme Cidade dos Anjos.

Em 2008, alguns desses artistas lançam novos trabalhos, como você pode acompanhar aqui no PARENTZS. Alguns ainda são relevantes, outros ainda são interessantes e outros nem uma coisa nem outra, mas não há como negar que há 10 anos, em 1998, eles fizeram algo relevante e sem dúvida, interessante para a história da música.

E então, o que você ouvia de 1998 que te marcou? Com certeza você deve ter uma resposta.

sábado, 24 de maio de 2008

POESIA - para faltar o respeito




Desrespeite-me
(Valmique)


Desrespeite-me,
Segure minha mão
e leve-me para perto do seu corpo.
Porque minha mente,
já está em você.
E desrespeite-me ainda mais,
Sussurrando
idéias, convites e propostas
loucas
em meu ouvido.

Desrespeite-me,
porque não ousaria mais uma vez,
desrespeitar a ti.
Já que um dia,
invadi seu espaço, e desestruturei o meu, sem o devido respeito
(mas éramos ainda mais jovens...)

Nossa cúmplice convivência,
Não está nos levando a lugar algum.
Então:
Desrespeite-me.

RUFUS! RUFUS! RUFUS! - show do rufus wainwright no Brasil



Um momento único. Assim poderia ser resumida a apresentação de Rufus Wainwright em Belo Horizonte, no último dia 11 de maio. Afinal, não é sempre que temos a oportunidade de ver um artista, como este estadunidense criado no Canadá que faz um pop sofisticado, em uma "solo performance", como foi batizada sua turnê que passou pelo Brasil.

Como o nome da turnê diz, no palco, é somente Rufus, sem nenhum outro músico acompanhando-o. É apenas ele, com seus sentimentos e instrumentos (violão, piano e voz). O suficiente para mostrar o artista em sua essência, seu poder vocal e a força das melodias de suas canções.

Desta forma, este show acabou sendo uma experiência surreal: um momento intimista com um grande artista. Esta intimidade, que revistou toda sua carreira, era ora melancólica ("Not ready to love"), descontraída ("Cigarettes and chocolate milk"), introspectiva ("Poses"), alegre ("California"), romântica ("Nobody's off the hook") e dentre outros importantes sentimentos humanos, que me fez suspirar diversas vezes durante o show. Aliás, nunca suspirei tanto em um espetáculo. E tudo isso com um toque de bom humor, graças aos diálogos do cantor com o público entre as canções.

Uma pena que o público tenha sido tão pequeno para uma arte tão grande. Porque desta forma, é provável que Belo Horizonte não possa novamente prestigiar uma boa arte, como foi o show do belo (em todos os sentidos) Rufus Wainwright.

Confira abaixo a música "Cigarettes and chocolate milk, um dos grandes momentos do show:


Já no link abaixo, você vê a mesma música gravada durante a apresentação em Belo Horizonte:


LIKE A RAPADURA - hard candy, o novo disco da madonna


Talvez para entender o que escreverei sobre o novo disco da Madonna, Hard Candy, seja interessante você saber qual foi o primeiro disco que comprei da "material girl": Ray Of Light. Um disco lançado em 1998 e que após dez anos de seu lançamento é, sem dúvida, considerado um dos melhores de sua carreira. Sobretudo pela inovação musical ali apresentada, um pop-eletrônico sofisticado, e por trazer uma Madonna mais madura, profunda e ao mesmo tempo jovial, dançante. Desde então, Madonna lançou um disco tão bom ou melhor após o outro: Music (2000), American Life (2003) e Confessions On A Dance Floor (2005) vieram na seqüência. São discos que levam o ouvinte para outra dimensão da pop music, de um jeito que só Madonna é capaz de fazer: ousado, diferente, dançante e acima de tudo, pop.


Voltando para 2008, com Hard Candy (Algo como "doce duro" em português) Madonna nos leva, desta vez, para uma dimensão conhecida e comum da pop music atual: a das batidas hip hop, que já estão saturando as rádios atualmente. E se a volta ao passado parecia sutil em Confessions, em Candy, podemos ver claramente algo muito familiar com a cantora de "lucky star" e "burning up" de 1983. Não que isso seja necessariamente ruim, mas não é vanguardista como ela vinha sendo até então. Além de em alguns momentos, Madonna lembrar outros artistas, para os quais com certeza ela já foi/é referência, como Gwen Stefani, Nelly Furtado e o próprio Justin Timberlake, um dos produtores do disco.


Com isso, não quero dizer que Hard Candy seja ruim. Não é. É um disco positivo, dance e pop. Provavelmente o mais positivo lançado pela cantora nesta década. Mas seria muito bom se fosse o novo disco da Rihanna, mas por ser Madonna, que já lançou Ray Of Light, Music, Like A Prayer, Bedtime Histories é um disco apenas bom.


Teria ela me acostumado mal? Estaria eu sendo exigente demais com a Rainha do Pop? Duro com uma mulher de quase 50 anos? Insensível com um ícone que sempre ditou/dita tendências? Uma artista que com seus 25 anos de carreira fez mais do que 25 carreiras de outros artistas juntos? Estaria ela apenas relaxando neste momento? Estaria ela apenas querendo reconquistar os Estados Unidos? Cumprindo seu contrato com a Warner e guardando seu brilho artístico para o primeiro disco pela Live Nation? Qualquer que seja a resposta, acredito que o que Madonna menos quer é gentileza, concessões ou a alienação dos fãs.


Entretanto, Hard Candy traz uma das mais potentes trincas-musicais-dançantes-pop presentes em um disco da artista: as músicas "Candy Shop", "4 Minutes" e "Give It 2 Me", que em seqüência abrem o disco. A primeira, uma debochada, irônica e muito bem construída metáfora sobre doces, sabores, sexo, mulheres e por quê não, concorrência no mercado musical/showbizzness. A segunda, "4 Minutes", tem uma batida boa mas peca pelo excesso de efeitos, mas é contagiante o suficiente para introduzir um futuro clássico na carreira de Madonna: "Give It 2 Me". Que traz um dos melhores refrões pop dos últimos tempos.


De resto, infelizmente, Hard Candy não mantém o nível, mas traz agradáveis surpresas como a funkeada "She's Not Me", "Incredible" (estas duas músicas, do meio para o final, ficam muito mais interessantes. Ouçam e irão sentir o que estou escrevendo. Além de "Incredible" trazer uma das melhores rimas bobas e ao mesmo tempo genias que só Madonna é capaz de fazer: "Incredible/Let's finish what we started/ Incredible/ You´re welcome to my party") e até com a algazarra lingüistica e musical de "Spanish lesson". Em "Heartbeat" e "Beat Goes On" (esta, totalmente diferente da "demo" que vazou ano passado, o que não quer dizer que tenha ficado melhor) a voz de Madonna parece dessonante demais, leia-se aguda, para as batidas hip hop de Pharrel Willians (que conseguiu ter a melhor química musical com Madonna em todo o disco) e Kanye West. Além de momentos descartáveis, como "Dance 2night" e "Devil wouldn't regonize you", que no primeiro acorde é possível reconhecer que vieram da dupla timberlake/timabaland.


Assim, vemos que Hard Candy, como o próprio nome diz, é um doce pop difícil de engolir. Mas como mesmo escrevi, é doce e pop, duas características que não são ruins. Ainda bem que Madonna é inteligente para desviar nossa atenção com outro talento/lançamento musical: sua nova turnê, a "Sticky and Sweet Tour" (que com a benção de Deus, Buda, Alá, Oxum virá ao Brasil). E confesso, on a dance floor, que vai ser ótimo poder curtir alguma das músicas de Hard Candy ao vivo.

Confira abaixo a música "Give It 2 Me", que será, merecidamente, o segundo single do disco:

http://www.youtube.com/watch?v=jekVqOdvisI



IMAGEM É TUDO – o interessante mundo da fotografia e dos ensaios fotográficos



Percebo cada vez mais o quanto gosto de ensaios fotográficos. Sou daquelas pessoas que na livraria pega uma revista estrangeira só para ver as imagens. Assim, sempre que ver algum trabalho fotográfico ou trabalhos de fotógrafos interessantes via web, postarei aqui no PARENTZS.

Recentemente, via Teço Apple (www.tecoapple.com), tive conhecimento do trabalho do fotógrafo Justin Monroe. Em suas imagens, uma delas ilustra esta postagem, ele segue uma linha sexual, colorida e ousada. Seu trabalho tem algo de David La Chapelle mas suas imagens são provocativas o suficiente para serem originais. Vá no site oficial do cara, no link abaixo, e aprecie/delicie-se!


Duas revistas norte-amercicanas recentemente fizeram dois interessantes ensaios fotográficos com duas celebridades idem.

A Harper´s Bazaar fez com a atriz Julianne Moore. No ensaio de Peter Lindbergh, a atriz reproduz imagens de quadros clássicos como Madame X (1884) de John Singer Sargent e The Cripple (1997) de John Currin. No Link abaixo, você pode ver o ensaio completo disponibilizado no site da revista.


A revista Vanity Fair fez um com Madonna. E o melhor deste ensaio, além do mesmo feito por Steven Meisel, foi o fato de a Revista disponibilizar em seu site todos os 11 ensaios já feitos pela Rainha do Pop para a Vanity Fair. No Link abaixo, Você verá desde a True Blue era até a diva carregando o mundo em suas costas, com muito estilo, claro:

ACHADOS PERDIDOS - parte 2


Percebo com certo pessimismo, que o ir e vir não parece fazer tanta diferença. Então, decido ficar aqui. Estático. Entre os carros, entre as pessoas. Contra a expectativa do movimento de translação da Terra.

Ficarei aqui. Em pé. E garanto, que as pessoas que passarem por mim nada farão. Talvez no máximo resmunguem para si mesmas algo como "louco" ou "não tem nada para fazer do que ficar no meio do caminho?". Ou ainda, alguém esbarre em mim e peça desculpas, e só. Duvido que alguém olhará para trás e volte para me perguntar o que está acontecendo.

É provável, que um vira-lata se aproxime de mim e cheire. E talvez, até mije em mim. E assim irei me consolar com a idéia de que talvez esse será o maior contato caloroso que receberei. Até porque, não são os cães os melhores amigos do homem?

Mas caros amigos, permanecerei estático e contentarei-me em virar uma árvore. Uma bela e grandiosa árvore. O único vegetal nessa selva de pedra. A flora entre a fauna humana.

E ali, estático, começarei a criar raízes concreto adentro. Indo contra a transetoriedade do ambiente ao meu redor. Não voltarei para o sertão e nem o sertão virará mar.

E minha mãe responderá para quem lhe perguntar "o que o menino fez da vida de homem", que eu virei uma árvore. Mas não se entristeça Querida Mãe. Orgulhe-se. Porque graças ao heróico raio solar, que conseguir penetrar os arranha-céus e a camada de poluição dessa ilha de calor chamada vida, eu darei frutos. Saborosos e apetitosos frutos. Assim mãe, você tem um filho útil: uma árvore que dá frutos. E isso, é raro.

Sei que passarão as estações e é provável que no inverno eu perca minhas folhas e ninguém terá piedade de mim para me dar um cobertor, nem em campanha natalina dos Shoppings. Mas pacientemente esperarei o verão que trará o único raio de luz capaz de aflorar a minha existência.


autor: Valmique
imagem: imagem sobre obra (o formato da fumaça) de Vik Muniz.

sexta-feira, 23 de maio de 2008

TOP 3 WEB - pênis, scarlett e bjork


01:

Tamanho importa? Sim, estou me referindo sobre aquele tamanho. Pois bem, se importa ou não, o que na minha opinião importa sim, para o livro The Big Penis Book, da editora Taschen, só os bem dotados que importam. No livro há fotos de homens da década de 70, 80 e 90, que nasceram "abençoados" ou "exagerados", com direito a imagens e depoimentos.

No livro está escrito: “Quando o negócio é prazer, tamanho não é documento; como sabemos é qualidade, não quantidade, que conta. Mas, vamos admitir: um grande pênis, faz a diferença". Bem, está curioso para ver algo desses homens que definitivamente tamanho não é problema, clique abaixo e veja algumas imagens e se quiser, compre o livro ( e depois põe na roda):


02:

A atriz Scarlett Jonhannson, uma das mais talentosas e sexys da nova geração, lançou recentemente seu primeiro disco. Isso mesmo, a moça resolveu investir em música. O disco se chama Anywhere I Lay My Head e traz 10 covers de músicas de Tom Waits, além de uma inédita composta por Jonhannson.

A moral da moça parece estar boa, afinal, o trabalho traz participação de David Bowie e a produção ficou a cargo de David Andrew Sitek (do TV On The Radio). Resultado? É bem agradável de ouvir, muito memo. Apesar dela não ter uma bela voz ( é até bem grave), a produção e as melodias são muito boas.

O link abaixo é um hotsite feito só para o lançamento do disco, onde é possível ouvir trechos de todas as músicas, inlcuindo “I don´t wanna grow up” que ficou famosa com os Ramones, e o vídeo do primeiro single, “Falling Down”:



03:

Bjork, a islandesa mais famosa do mundo, e esquisita para todo ele, lançou mais um vídeo do seu disco Volta, de 2007. O clipe é da música "Wunderlust" e foi dirigido por Isaiah Saxon e Sean Hellfritsch.

O trabalho levou nove meses para ser produzido. Seu tempo de duração é superior a 7 mnutos, mas vale a pena: mais um belo e esquisito trabalho de Bjork. E o que é aquela criatura nas costas dela?! Existe a versão em 2D e em 3D. A do Link Abaixo, é em 3D.

QUANDO A MARÉ ALTERA - os novos projetos de norah jones


Sabe Norah Jones? Sim, estou me referindo aquela cantora com voz suave de músicas idem, como "Don't Know Why" e "Those Sweet Words", e que para mim, é uma das maiores revelações neste início de década, tanto pela qualidade de suas músicas como por conseguir unir jazz e pop de uma forma despretensiosa, elegante e agradável.

Pois bem, eis que 6 anos depois do seu disco de estréia, o já clássico Come Away With Me, ela resolve mostrar que é mais do que uma moça tranqüila. Nesse mês de maio, sai o disco de um novo projeto em que ela está envolvida, o El Madmo. O El Madmo é uma banda de rock alternativo onde Norah adota com um visual heroína-futurista e toca guitarra?! A cantora ainda adota o pseudônimo de Maddie (Sim, ela é essa loira da imagem acima) e tem como colegas de banda o baterista Mo e a baixista El, respectivamente Andrew Borger e Daru Oda, da Handsome Band, com quem Norah já excursionou e divie os vocais no El Madmo.

Das músicas disponíveis no myspace da banda duas são baladas/mais calmas. De qualquer forma é um vocal diferente do que estamos acostumados a ouvir e esperar de Norah Jones. Destaco as músicas “Carlo!” e “CGW”.

Mas essa não é a primeira vez que Norah se reinventa (Sim, não é só Madonna que aprecia mudanças). Ela já participou do projeto Peeping Tom, do ex- Faith No More, Mike Patton, onde cantou uma música com direito a palavrão e já protagonizou seu primeiro filme, Um Beijo Roubado (My blueberry nights, de Wong Kar Wai), que inclusive, está atualmente em cartaz nos cinemas brasileiros.

Assim, podemos ver que Norah Jones é uma artista mais ambiciosa do que aparenta e bem mais interessante do que o rótulo de alguns críticos como "sem sal e sem graça". No link abaixo, você entra no Myspace da banda de Norah Jones, ou melhor, do El Madmo e pode se surpreender com mais uma faceta da moça. Sem dúvida, ponto para ela:

MEMÓRIAS VIVAS! - um poema e um conto, duas versões de um mesmo assunto De Onde U Garoto Lembrou de Alguns Sentimentos



Quem poderia imaginar?
(Valmique)

Anos depois,
O mesmo mês,
O mesmo lugar,
Aquela mesma pessoa.

Anos depois,
o mesmo gosto,
o mesmo jeito,
em outra cama.

Anos depois,
as mesmas lembranças,
o mesmo estilo.
Minha memória de elefante,
meu nome esquecido.

Anos depois,
O tempo não pareceu influência determinante,
para mudanças relevantes.

Anos depois,
ao menos a cidade,
daquela janela de hotel,
apresentava-se para mim,
diferente.


A inimaginável coincidência
(Valmique)


Quem poderia imaginar que após 7, 6 anos encontraria a mesma pessoa, no mesmo lugar, no mesmo mês? Alguém que já foi sinônimo de libertação e auto-afirmação, uma importante parte de minha história. Uma lembrança eterna estava ali, viva, diante de mim.


Neste encontro casual, fiquei estupefato durante um bom tempo por aquilo estar acontecendo. Mas passado o susto, decidi viver o momento, que já tinha passado. Nele, ele, disse que não acreditava em coincidências, mas o encontro, assim como o anterior, não havia espaço para profundidades.


Ele, com seus 30, eu, com meus 20. E depois de tanto tempo, algumas coisas aconteceram. Falei sobre minha graduação e relacionamento estável, com direito a divisão de mesmo teto. Ele, disse que foi embora da cidade logo depois que nos conhecemos e voltou para sua terra natal, morou um ano no exterior e hoje vive em São Paulo com os seus pais e pode voltar para BH. Relacionamentos? Pelo visto nada significativo, ou como já disse, o momento, ao menos para ele, não pedia profundidades. No máximo, frases que poderiam ser discutidas.


Ele admitiu que memória não era o seu forte. Tanto que não lembrava de mim. Só durante a conversa ele falou que minha fisionomia começou a ficar familiar para ele. Engraçado isso... já eu, lembrava seu nome, onde morou, seu visual, o que fizemos e nos dissemos, o filme que “tentamos” assistir juntos e até onde nos encontramos lá no início da década. Para ele, 2002, para mim, 2001.


Mas não tinha certeza e isso não importava. Mas era engraçado porque ele usava as mesmas roupas de quando nos encontramos. Claro, não as mesmas peças, mas o mesmo estilo. Será que o tempo não é tão significativo assim na vida das pessoas? O suficiente para mudanças? Será que eu mudei nesse tempo? Será que minhas roupas eram as mesmas? As roupas eu posso afirmar que não e por um momento, me senti melhor do que ele, e por um momento também, tive medo das respostas.


Lembro agora de olhar pela janela do quarto do hotel que ele estava. A cidade ali, foi me apresentada por um outro ângulo, que eu desconhecia. Ah, claro, fui ao hotel que ele estava hospedado. Fiquei grudado nele como um parasita desde quando o reconheci. Talvez, na esperança de sugar algum sangue com vida para preencher as veias da minha. Mas fiquei mesmo como uma barata tonta, apesar de eu nunca ter visto uma. Afinal, queria agarrar o que estava acontecendo por já ter acontecido um dia e não imaginava que poderia voltar a acontecer.


Enfim, trocamos e-mails. Ele não escreveu. Eu também não.


Trilha sonora 1:

http://br.youtube.com/watch?v=ZKbLfdSsKGQ


Tilha sonora 2:


http://br.youtube.com/watch?v=STn-_Nto3wY

CURTAS - para curtir ou não



Alanis Morissette lançou um novo clipe para a música "Underneath", primeira música de trabalho de seu novo disco Flavors Of Entenglemant (que será lançado em alguns dias!). Na verdade é o video-oficial da música. Um outro vídeo que está na web foi feito apenas para um Festival de Cinema do ano passado. Aprecie e reflita:


Não sei se foi lançado a muito tempo ou até mesmo quem o dirigiu. Só sei, que a cantora Kelly Clarkson faz um dueto com Reba McEntire para a música ”Because Of You”. Isso mesmo, aquela música super chata. Mas não é que esta versão ficou razoavelmente melhor e o vídeo muito mais interessante? Confira:



No link abaixo você pode ver uma lista de 50 estrelas da música que já ficaram peladinhas, peladinhos. Perversões? expressões artísticas? Marketing? Surtos? Mal gosto? Você decide:


Que é isso?! Uma Tati Quebra Barraco gringa? O que faltava para as cachorras de plantão? Mas se tocar numa pista de dança vai bombar isso vai. Clica abaixo e veja o vídeo de Diva Avari “Fuckin´Bitch”. Destaque para os “gritos” da diva: