segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

EXPECTATIVA 2008 - 5 bons motivos para achar que o ano vai valer a pena




01 - DISCO 2008

FLAVORS OF ENTANGLEMENT - Alanis Morissette
O último disco de inéditas de Alanis Morissette foi So Called Chaos, de 2004. Sendo assim, eu, como qualquer outro fã da canadense, não vejo a hora de ouvir suas novas músicas. O novo trabalho de Alanis já tem nome: Flavors Of Entanglement (algo como Sabores dos Obstáculos), deve ter 11 músicas e conta com a produção de Guy Sigsworth, que já trabalhou com Bjork e Madonna. Mas como estamos na era do Youtube, não precisamos o lançamento oficial do disco, previsto para abril, para ouvirmos algo. Duas novas músicas, uma incompleta e outra em qualidade ruim, já “caíram na rede”: “Underneath”, possivelmente o primeiro single, é uma música pop com umas batidas eletrônicas interessantes mas com um refrão meio pegajoso. “Not As We”, é uma bela balada, no melhor estilo Alanis: emocionante e meio deprê. Ou seja, difícil arriscar algum palpite de como será o disco. Só nos resta torcer para que seja algo mais relevante do que ela lançou nesta década. Mas independente disso, como sou fã, este será um dos discos que mais ouvirei e mais ansioso estou para que seja lançado em 2008. Abaixo, um trecho de "Not As We":


http://www.youtube.com/watch?v=JibG9jYWoFw&feature=related



02 -ARTISTA 2008


MADONNA


O que poderemos esperar e o que estará preparando a rainha do pop e da reinvenção para o ano em que completará 50 anos de idade e 25 anos de carreira? Um novo disco? Uma nova turnê? Uma estátua erguida no lugar do World Trade Center? O Mundo, pop, promete ser abalado. De certo até agora, está o lançamento do novo disco, ainda sem nome e com lançamento previsto para abril. Mas como estamos falando de Madonna, ilimitada, em fevereiro, ela lança no festival de cinema de Berlim seu primeiro curta-metragem. Strike the Pose!


Abaixo, "candy shop" uma das novas músicas do novo disco:


http://www.youtube.com/watch?v=YO4CfM3e0Jg&feature=related


03 - SHOW 2008
INTERPOL

Belo Horizonte, a cidade em que vivo, surpreende. Quem acompanha o PARENTZS, sabe que em uma das postagens anteriores eu mencionei a “carência” da cidade por shows internacionais de qualidade (afinal, Creedence Clearweater Revival não conta, certo?). E eis que pouco tempo depois desta postagem é anunciado o show do Interpol em 2008 justamente em Belo Horizonte?!


O Interpol é uma banda nova-iorquina que faz um rock acelerado e meio deprê. Com um q de Strokes, Joy Division, Anos 80.... Resultado: lançaram um dos melhores discos desta década, o Turn On The Bright Lights, de 2003. O link abaixo é do clip da música “Obstacle 1”, deste disco. Na verdade, o que importa, é que o meu ingresso já está compro! Veja o vídeo abaixo e quem sabe nos encontramos no show, em março.


http://www.youtube.com/watch?v=jkBAUqp6NKg


04, 05... -


Vocês sabem que adoro música, mas música não é tudo. Por isso, também está na “Expectativa 2008” o novo filme de um dos meus cineastas preferidos, M.Night Shyamalan, respnsável por A Vila e Sexto Sentido. O nome do filme é The Happening (O Acontecimento, em tradução livre) e o cartaz do mesmo, é o que ilustra essa postagem.


Outra expectativa é a 4a Temporada de LOST, mesmo reduzida devido a greve de roteiristas nos Estados Unidos, que estréia, nos Estados Unidos, ainda este mês... e até a possível passagem das Spice Girls pelo Brasil me empolga.


Enfim, 2008 nem começou, afinal, hoje é 31 de dezembro, e já podemos dizer que tem tudo para ser um ótimo ano, certo?

Feliz Ano Novo!

OS MELHORES DA MÚSICA EM 2007 - minha lista





01 - Arista/Banda do ano


PJ HARVEY


PJ Harvey conseguiu neste ano de 2007 mostrar que todos temos o direito e a capacidade de mudarmos, mas de forma digna. Ela lançou White Chalk, um dos discos mais belos deste ano e feito basicamente de voz e piano. “E daí?” E daí, que PJ sempre foi uma artista centrada na guitarra e no lado visceral humano. Em White, ela consegue explorar outros aspectos, texturas e dimensões de si mesma, de uma maneira mais sutil e introspectiva, e ainda consegue produzir os mesmos efeitos no ouvinte. E tudo isto, sem perder seu lirismo característico. Não é um re-invenção pessoal apoiada no marketing e sim uma mudança interna manifestada em expressão artística. Duas palavras para reduzir o que não cabe em palavras: excepcional, admirável.


Abaixo, veja PJ Harvey interpretando “Silence”, um dos destaques de White Chalk:


http://www.youtube.com/watch?v=6wNNKJZrDjQ


02 - Disco do ano


“AMERICAN DOLL POSSE” de TORI AMOS


É até covardia Tori Amos com o seu American Doll Posse conseguir “este prêmio”. Afinal, são cinco contra um: É que Tori, neste trabalho, resolveu mostrar cinco personas de si mesma em um só disco, manifestas em cinco formas musicais diferentes. Confuso? Explico:


Tori Amos, ao longo das 20 músicas que compõe o disco, se focou em cinco aspectos diferentes de sua personalidade para compor o mesmo. Estes “aspectos” são estilos musicais diferentes - um mais pop, outro mais rock, um no estilo piano e voz, outro mais folk e outro estilo “Tori Amos” mesmo.- mas todos são parecidos entre si, afinal, são aspectos da mesma pessoa: Tori.


E não é só isso. Para cada um destes aspectos há um nome, um visual diferente e uma história para cada um deles. Por exemplo, quem canta/interpreta a música “Bouncing Off Clouds”, uma das minhas preferidas, é Clyde, emocional e idealista e baseada na deusa grega do sub-mundo aquático, Perséfone. Já a música que abre o disco, “Yo George”, é cantada/interpretada por Isabel, fotógrafa e politizada e baseada na deusa grega da caça, Artemis. E por aí vai.


Muita viagem né? Não, é muita criatividade, originalidade e o mais simples de tudo: boa música. E quem ganha com toda essa variedade artística de uma artista é o ouvinte, por ter acesso a um trabalho musical refinado e substancial. Mas como nada é perfeito, este disco não foi lançado no Brasil, o que não torna necessariamente impossível de ouvi-lo, sobretudo na era MP3, mas é no mínimo lamentável.


Abaixo, a música “Secret Spell”, cantada/interpretada por Santa, inspirada na deusa grega da beleza e do amor, Afrodite. No vídeo, dá para entender melhor esta “viagem” de Tori que resultou no melhor disco do ano para mim.


http://www.youtube.com/watch?v=BMun0SuYGT4&feature=related


03 - Música do ano


GIMME MORE - BRITNEY SPEARS


Quem gosta de pop sabe que essa foi uma das músicas mais aguardadas do ano. E quem achava, e talvez até torcia, para que a “princesinha do pop” acabasse de vez com sua carreira teve que engolir seco quando ouviu “Gimme More”, primeiro single do disco Blackout. A música surpreendeu a todos pela qualidade: uma canção pop, sexy, ordinária e o principal, contagiante. Você ouve a música e mesmo Britney dizendo 87 vezes Gimme (dê-me) e aparecendo religiosamente nos tablóides, no final, você ainda pede mais. Muito mais. Ouça e resista, se puder:


http://www.youtube.com/watch?v=ImAwgNUvtR8


04 - Show do ano


BJORK


Ela é esquisita, devo admitir. Sua música também é. Assim como seu figurino. Mas Bjork, a islandesa autora de toda essa esquisitice consegue converter tudo o que é aparentemente estranho em arte de primeira grandeza. Sua voz ao vivo é impecável. Sua presença de palco é tão espontânea, chega a lembrar uma criança brincando, que é contagiante. É certo que o show que ela fez na edição do TIM FESTIVAL deste ano, em São Paulo, não combina com a proposta da noite: um local aberto com outras bandas de rock ainda para tocar. Bjork merece uma noite só para ela, afinal, sua arte é singular. E ao vivo, é que isso se torna compreensível. Só por ter presenciado a emoção de “Jóga” e a energia de “declare indepandence” faz ela merecer estar onde está nesta lista.


http://br.youtube.com/watch?v=0UhEp6JZLT0


05 - Vídeo-clipe do ano


“FLUORESCENT ADOLESCENT” - ARTIC MONKEYS


Violência e melancolia não é algo que combina com palhaço, mas um bom rock’n’roll combina com boas idéias e esse clipe é prova disso: desperta a ira do palhaço que somos ou que deixamos as pessoas, a vida e o mundo fazer de nós. Mérito de Warren Fu, o diretor, e dos Macacos do Ártico!


http://www.youtube.com/watch?v=ma9I9VBKPiw


06 - DVD do ano


THE CONFESSIONS TOUR - MADONNA


Confesso, que não vi muito DVD musical esse ano. Mas, assistir uma mulher de quase cinqüenta anos conseguir fazer dançar e pensar é algo no mínimo admirável. Por mais nostalgia e alegria que a coletânea de vídeos das Spice Girls me fez sentir e a coletânea de vídeo da Natalie Imbruglia me faria sentir, já que não foi lançada no Brasil, escolho este DVD como destaque no ano. Coletânea de vídeo-clipes é mais passado que presente. E Madonna ao vivo, neste registro de sua turnê de 2006, é presente e futuro. Por isso, é válido assistir: God Save The Queen!


http://br.youtube.com/watch?v=fdU3fKbbbu0


07 - Música pop/dance do ano


PIECE OF ME – BRITEY SPEARS


It’s Britney Btich! Ok, esta frase é da música “Gimme More”, mas ela serve aqui para mostrar que Miss Spears acertou com o disco Blackout. Tanto, que aparece novamente nesta lista com outra música deste disco. Esta música não tocou tanto, afinal, ela acabou de ser lançada. Mas promete ser um hit em 2008 e é certo, que quem já tem o disco já dançou muito ao som desta canção. E o mais interessante, é que não é só a batida que é boa, mérito da dupla Bloodshy & Avant a mesma responsável por “Toxic”, mas a letra, também é ótima. É repleta de sarcasmo e ironia ao retratar a relação de Britney com a mídia, sobretudo a sensacionalista, o que também é mostrado no vídeo da canção:


http://br.youtube.com/watch?v=89oS4SN4mNg&feature=related


08 - Música rock do ano


“STICKY HONEY” - JULIETTE AND THE LICKS


Adoro Riff de guitarra e mulher no vocal. Logo, não poderia ter havido música melhor de rock em 2007. Além do que, a música não é apenas a combinação de algo que gosto, é realmente boa. Mesmo com um clipe non sense, como mostra o link abaixo. E ao vivo, até que Juliette faz bonito “no papel” de roqueira.


http://www.youtube.com/watch?v=l8KAEPTdlRA


09 - Música romântica do ano


“SAY OK” - VANESSA HUDGENS


Ok, eu sei que é uma música produzida. Ok, sei que é a música daquela menina do High School Musical que teve suas fotos “íntimas” - onde aparece pelada e fazendo caras e bocas - “vazadas” na internet. Ok, sei que o clip é quase infantil e a letra da música idem. Mas não resisti! Acho essa música cativante e além do que é tão boa a sensação que ela traz: a de que, nem que seja por alguns minutos, achar que nossa vida se resume em buscar o amor perfeito e que ele aparecerá e fará com que tudo fique Ok.


http://www.youtube.com/watch?v=F5VvvVxuKko


09 - Música sexy/envolvente do ano


“SHOWTIME” - NELLY FURTADO


Ouvi muito essa música no primeiro semestre deste ano. Mas até hoje me pergunto: É uma balada de amor? É uma canção introspectiva? É uma canção sexy? Ou é apenas uma boa música pop? Na verdade, é uma música que lhe envolve de tal forma que você é capaz de sentir todas essas sensações mencionadas e algo que só você vai ser capaz de identificar, consigo mesmo.


http://br.youtube.com/watch?v=8dgAALyq1wM&feature=related


10 - Música introspectiva/melancólica do ano


“BROKEN HARP” - PJ HARVEY


Dois minutos. Pouco tempo para tanto efeito. A canção começa só com a voz de PJ, em uma súplica para compreender a fraqueza humana. Surge então a harpa, sussurros e uma espécie de purificação. E quando você percebe, você está contemplando o horizonte e a si mesmo. E quando se dá conta, a música acabou. Mas não o efeito introspectivo e melancólico que ela gerou em ti. A tal ponto, que você precisa parar o cd antes de ouvir a próxima canção.


Abaixo, o único vídeo que consegui achar com a música no Youtube - Sim, tem a Britney Spears nele... O que é lamentável para quem vai ouvir a música pela primeira vez. Mas clique no link abaixo, minimize a tela e preste atenção só na música. Vale a pena!


http://www.youtube.com/watch?v=u7w42trV9Bg


11 - Menção Honrosa


ALANIS MORISSETTE “MY HUMPS” - vídeo-paródia da música do grupo Black Eye Peas


Criticar os artistas que usam o sexo no nível mais medíocre como forma de diálogo com o público; alfinetar as cantoras/artistas(?) q usam a posição sexual da mulher em uma sociedade machista como atrativo; contestar o teor vazio das canções pop que são número 1 no mundo, em uma possível versão introspectiva com apenas voz e piano e ainda criticar o alto inve$timento nas produções de video-clipes que trazem toda essa proposta para o público. Desculpa, mas só uma mulher visionária e corajosa como a Alanis para fazer isso. Menção mais que honrosa, merecida. Além de tudo, o vídeo é hilário. Confira:


http://br.youtube.com/watch?v=W91sqAs-_-g

HOMOFOBIA É CRIME - um desejo para 2008





Em 2007 diversas coisas ruins aconteceram e não é preciso forçar a memória para lembrar de algo. Mas quero destacar uma questão: a homofobia. Diversas pessoas são agredidas, verbal e fisicamente, todos os dias no Brasil e no Mundo somente pelo fato de serem gays, lésbicas, transexuais e transgêneros. Em 2007 alguns casos ganharam destaque, tímido, na mídia.

No Brasil, O estudante Ferruccio Silvestro, 19 anos, foi atacado na madrugada do dia 30 de novembro, na Praça Leoni Ramos, em São Domingos, em Niterói, depois de sair de uma boate GLS com um grupo de amigos. O jovem registrou o caso na delegacia da cidade depois de ficar internado por quatro dias no Hospital.

Além de ter sido agredido, Ferruccio ainda teve que lidar com a criação de uma comunidade no Orkut agredindo-o moralmente. O rapaz “ganhou” de alguns membros desta estúpida comunidade tópicos como “Ferruccio devia ter apanhado mais”. Cerca de 233 pessoas fizeram comentários homofóbicos contra o rapaz no Orkut.

Na Suécia, o deputado gay Fredrick Federley, foi agredido em dezembro por cerca de seis jovens quando também voltava de um clube gay com dois amigos no centro de Estocolmo, capital do país. “Eles gritavam que éramos nojentos e uma ameaça, anunciando que iriam nos bater”, contou Fredrick.

Para abençoar o assunto, o Papa Bento XVI em um de seus comunicados se posicionou contra as uniões homoafetivas dizendo palavras como “Quem age contra a família mesmo inconscientemente torna frágil a paz de toda a comunidade, nacional e internacional". Seria interessante que ele visse essa postagem ou os jornais para ver qual paz está realmente comprometida.

Para quem não sabe, existe um Projeto de Lei da Câmara 122/06, que visa a criminalização da homofobia no Brasil. Sim amigos, AINDA no Brasil homofobia não é crime. O Projeto, de autoria da ex-deputada federal Iara Bernardi (PT-SC), foi encaminhado ao Senado Federal e agora deve passar pela Comissão de Direitos Humanos e pela Comissão de Constituição e Justiça. Depois que passar pelas duas comissões o projeto segue para votação em plenário.

Vamos torcer para que nossos políticos e nós mesmos façamos algo a respeito neste novo ano. Os políticos com a aprovação da lei e nós, abrindo nossa mente ao assunto em nosso convívio social. Afinal, é um absurdo estas vítimas de atos homofóbicos. Que venha 2008 e sem homofobia

POESIA - a lógica dos números


A Matemática - Número 4 da série "Capitalismo/Sociedade"
(Valmique)



Receio no recreio,

Brincadeira a sós quando era para ser a dois:

“Não tem graça desse jeito”

Mas 1 + 1 somados seriam 2

Entretanto, em 3 - 1 me sobram 2

Mas o menos que virou mais, na verdade, é menos

E assim, a criança mimada/adulto egoísta

se esquecem do depois.

POESIA - influenciada pelo meio?



Urbano
(Valmique)


No concreto da insignificância
Entre a fumaça no horizonte
Na velocidade do engarrafamento
No calor humano das calçadas
Como mais um número na estatística, eu me encontro
Mas sonho

terça-feira, 27 de novembro de 2007

POESIA - homenagem...




Ilha Branca de Lírios
(Valmique)


Há um lugar,

o qual gosto de visitar

sobretudo, quando tudo está confuso

como em um engarrafamento que parece infinito.

Há um lugar,

o qual gosto do conforto que dá

sobretudo, quando tudo é absurdo

e os pés doem por ficarem tanto tempo de sapato.

Este lugar,

é tímido e pacífico

Um harmonioso equilíbrio

entre beleza e melancolia

que ainda traz temperança em relação a vida.

Mesmo sendo ela, a vida, muitas vezes, ordinária e mesquinha.

Neste lugar,

As coisas vibram

As pessoas se poetizam

E o concreto amacia

E até as cores das folhas das árvores, sob a luz do poste, ganham outra perspectiva.

E isso, é porque eu estou lhe ouvindo

E isso, é só porque eu estou lhe ouvindo

Sim, eu continuo lhe ouvindo

e lhe sentindo

Minha linda ilha branca de lírios


JOGOS MORTAIS 4 – as seqüências sem fim (e sem sentido) do cinema e da música.




Em 2004 James Wan e Leigh Whannell criaram um dos melhores filmes de terror dos últimos tempos: JOGOS MORTAIS. Assim, popularizaram uma nova forma para os filmes de terror/suspense: sem nenhum monstro ou espírito e sim, violência física e psicológica com direito a reviravolta no final e na poltrona de quem assiste. Três anos depois , em outubro de 2007, chegou aos cinemas Jogos Mortais 4, mostrando que ter feito seqüências desse filme, um acerto, foi, indubitavelmente, um erro.


O que era ótimo no primeiro ficou apenas bom no segundo, fraco no terceiro e sem sentido e banalizado no quarto. Mas a queda de qualidade a cada filme não parece ser problemas para os produtores, afinal, o número 5 está previsto para outubro do próximo ano.


Entretanto, é válido mencionar, que as seqüências de Jogos Mortais não tiveram envolvimento dos autores originais, ao menos da mesma forma como no primeiro filme. Seria uma espécie de dignidade dos autores em relação à obra que criaram? De qualquer forma, o que acontece, é que o número 1, foi uma produção independente que deu certo. Traduzindo, foi sucesso de público e/ou crítica, e assim, algum "olheiro" da indústria do cinema viu no filme potenciais de lucro para os estúdios. Desta forma, vendida a idéia do filme ou os direitos autorais sobre a obra, repetiu-se o que aconteceu com os filmes MATRIX, dos irmãos Wachowski, e CUBO, de Vincenzo Natali, e suas fatídicas seqüências, que também não deveriam ter passado do primeiro.


Honestamente, nada contra seqüências ou contra a lógica dos lucros, mas como espectador não posso simplesmente assisti-las sem constatar a baixa qualidade de história, direção e roteiro desses filmes. Ressalto ainda, que fico ofendido ao sair do cinema, quando deveria me sentir feliz, assim como qualquer fã ou admirador, por saber que alguns dos seus filmes preferidos “continuará em cartaz". E é inevitável, que ao assisti-los algumas perguntas surjam em minha mente, como: Será que tudo é movido apenas a dinheiro? Preguiça de sentar a bunda na cadeira e pensar em algo mais interessante? Medo de lançar um novo filme e não ter a mesma repercussão? Gozar com o próprio ego ao saber que há um número significativo de pessoas que assistem seus filmes, mesmo sendo seqüências medíocres de algo que um dia foi interessante?


Talvez os BACKSTREET BOYS, a boy band que um dia já foi sensação, que um dia tinham cinco integrantes e agora tem quatro, que um dia já vendeu milhões de disco, talvez tenham a resposta. Afinal, eles acabaram de lançar um novo disco com o sugestivo título de "Unbreakable". Mas será que eles são surdos por não terem ouvido a o barulho da relevância que um dia já tiveram, se é que tiveram, fez ao "quebrar"? Nada contra bandas que queiram continuar juntos. Mas, humildemente, acho que deveriam ter a dignidade de sair de cena ou dar "um tempo indeterminado" quando seus trabalhos não são mais tão significativos assim. Ou então, vivam eternamente colocando em primeiro plano o passado como fazem os Rolling Stones ou fizeram recentemente as colegas de geração da boy band, as Spice Girls, que lançaram uma nova música medonha, de clipe idem, mas avisaram que o que importa são os shows que farão com os "grandes sucessos" da carreira. Assim, pelo menos não tentam enganar a ninguém nem a si próprios. Espero não ofender tanto os Boys, que já são Men e que ainda continuam"bonitihos", mas vejam o clipe do primeiro single deste disco e me diz se o que vê, já foi melhor, mesmo sabendo, que o que existiu, não era tão bom assim:




Mas talvez, quem realmente tenha a resposta definitiva para essas seqüências sem fim (e sem sentido) do mundo do cinema e da música sejam os organizadores de um reallity show realizado nos últimos meses na MTV dos Estados Unidos que teve o objetivo de fazer uma versão 2000 dos Menudos. Quem? Calma, se você for mais novo do que eu, talvez não saiba mesmo de quem estou falando. O Menudo foi uma boy band latina, que tinha Ricky Martin entre os membros, que fez muito sucesso nos Estados Unidos e América Latina durante as décadas de 70 e 80. O "Making Menudo", o tal programa que é original até no título, anunciou a nova formação do grupo no último dia 20 de novembro. Os "eleitos" gravarão um cd e farão turnê. Mas me explica: por que reviver um grupo, que tentou ser revivido nos anos 90 e não deu certo, em um cenário musical onde nem os Backstreet Boys estão indo bem?! Veja abaixo, se conseguir, o novo Menudo e verá que não tem muito o que esperar....




Bem, parece ser perguntas demais para um assunto que parece ter uma resposta bem $imples. Ou talvez, seja eu ou você que saibamos a resposta: afinal, provavelmente irei assistir Jogos Mortais 5 em 2008, mas desta vez, esperarei sair em DVD. Afinal, é humano ter esperanças. Ou será que nesse caso, seria burrice?


OS NOVOS DISCOS DE BRITNEY E PJ HARVEY - frio como o fogo e quente como o gelo.




Os novos discos de BRTINEY SPEARS e PJ HARVEY, respectivamente Blackout e White Chalk, tiveram certa dificuldade de chegar aos mercados brasileiros. E isso foi, definitivamente, um dos motivos que me fez reunir a resenha dos dois discos em um só texto. O novo da PJ, lançado em setembro, só agora começa a ser achado mais facilmente nas lojas brasileiras. E o novo de Britney, lançado em 30 de outubro, também teve certa dificuldade de ser achado nas lojas na semana de seu lançamento, tanto que, também, só agora ele é encontrado mais facilmente nas prateleiras brasileiras. Essa logística envolvendo o acesso aos trabalhos de artistas tão diferentes e que habitam universos distintos da música é apenas um dos pontos possíveis de fazer um paralelo entre ambos e que justifica colocá-los em um mesmo texto. Mas vamos há outros:


Os novos discos de Britney e PJ são, neste paralelo, algo como a dama e o vagabundo ou a bela e a fera, mas de forma alguma pejorativa, para nenhuma delas. Garanto. Simplesmente porque cada uma, a seu modo, conseguiu ser muito bem sucedida nestes novos trabalhos.


White Chalk remete a uma casa abandonada e assombrada por almas que talvez não tenham deixado esse mundo pela dor que o amor, de diferentes formas, lhes fizeram sofrer. Blackout é como um exorcismo dance-eletrônico de uma vida possuída por excessos de uma popstar. Assustador? Ouça respectivamente "The piano" e "Freakshow" para entender estas tenebroas analogias iniciais. Mas relaxe, analogias a parte, Britney e PJ Harvey ousam e impressionam, positivamente, nestes trabalhos:


PJ Harvey ousa ao trocar as guitarras, seu principal instrumento durante esses mais de quinze anos de carreira, pelo piano. Instrumento que não tinha nenhuma intimidade ou habilidade, tanto que ela aprendeu a tocá-lo exclusivamente para este disco. A ousadia de Britney, foi conseguir transformar sua vida pessoal, sobretudo os problemas existentes nela e noticiados incessantemente pela mídia, em letras de músicas irônicas, debochadas, bem-humoradas e sobretudo dance. Miss Spears impressiona justamente por não ter feito a letra dessas músicas, nem ter ajudado na produção delas - com uma e outra exceção - e mesmo assim, conseguir soar pessoal como se os produtores Danja e a dupla Bloody & Avant não tivessem nada haver com isso ou apenas "desempenharam bem" o papel de produtores. Sendo que o primeiro é queridinho de ninguém mais ninguém menos que Timbaland e o segundo é responsável por nada mais nada menos que a música "Toxic". Já PJ Harvey, impressiona por conseguir com um trabalho tão diferente de sua discografia ainda soar como PJ Harvey, não gerando frustração ou estranhamento em quem acompanha seu trabalho. Simplesmente, admirável.


A capa de White Chlak busca inspiração numa obra de James Abbott McNeill Whistler, chamada The White Girl. O que ilustra bem o disco: um quadro para ser apreciado. Já a capa de Blackout é uma montagem fraca, quase tosca, mas o encarte surpreende, com direito a fotos ousadas em um confessionário com uma jovem popstar-mãe-porra-loca no colo de um padre. O que também não deixa de ilustrar bem o disco: surpreendente. Sobretudo para uma artista que parecia, apesar de ter apenas 25 anos, chegado ao fim de sua carreira.


Curiosamente, as duas tem algo em comum nesses discos: ambos são trabalhos musicais minuciosos. PJ com as notas extraídas do piano e de sua potência vocal. E Britney, leia-se produtores, com os detalhes eletrônicos no vocal e efeitos nas músicas. E felizmente, para os respectivos ouvintes destes trabalhos, é difícil uma música só destacar. Em White Chalk, a faixa título, minha preferida, é inebriante, "Broken Harp" soa como um clamor épico obtido em um mosteiro medieval ecoando pelo tempo e "Silence" é timidamente feliz e angustiante. Em Blackout, "Gimme more" é hipnoticamente sexy, "Piece Of Me" é sarcasticamente dance, "Break The Ice", apesar de lembrar "I'm Slave 4 U", é sem dúvida empolgante e claro, erotizada. Mas é óbvio, como já disse, são artistas diferentes, mas com distintos efeitos positivos:


PJ emociona, Britney contagia. White Chalk é para ouvir sozinho, Blackout com a turma. PJ é lírica e Britney é física. White Chalk é onírico e Blackout é mecânico. White Chalk é como um sussurro aos ouvidos e Blackout é sinônimo de pista de dança cheia. Entretanto, PJ é madrugada a dentro e Britney é noite a fora.


Com White Chalk, PJ Harvey conseguiu fazer um dos melhores discos de 2007 e um dos melhores discos de sua carreira, que merece estar ao lado de To Bring You My Love de 1995 e Stories From the City Stories From the Sea, de 2000. Com Blackout, Britney foi até "mais além" conseguindo fazer o melhor disco de sua carreira, o que não quer dizer que seja uma obra-prima. Mas conseguiu, sem dúvida, revigorar o cenário pop e soar atual assim como Madonna fez em 2005, com Confessions On A Dance Floor e Nelly furtado fez em 2006 com Loose. Mas uma boa frase que poderia definir bem estes discos é uma música que está em Blackout, por justamente permitir múltiplas interpretações no paradoxo de sua proposta: cold as fire baby, hot as ice.


Ouça “Silence”:



Ouça “Piece of me”:



POESIA - rimas de interesses?




A Glória – Número 3 da série “Capitalismo/Sociedade”
(Valmique)


Ascensão decadente


Indecente prudente


Moral conveniente


Hierarquia subserviente


Entre o mente e desmente, a mente:


Conscientemente inconsciente


Mas não descansa sem limpar os dentes


Oh glória!:


Demente.

RADAR GAY – notícias "do babado" do Brasil a China.




Enquanto não acabar a hipocrisia em relação ao homossexualismo, qualquer acontecimento relacionando ao assunto vai gerar polêmica e consequentemente será notícia. Nos últimos dias, entretanto, alguns merecem ser destaque. Por justamente, contribuir em encarar o assunto com a “normalidade” merecida. Por que honestamente, me diga, o que vai interferir em sua vida se seu amigo tem um namorado e não uma namorada?


No BRASIL, aquele seriado adolescente "Malhação" lançou recentemente um concurso para escolher o casal 2008. E eis que os vencedores foram dois meninos. Os conservadores de plantão já se preocuparam com os novos rumos que a novela teen poderia tomar a partir do próximo ano. Mas o diretor responsável já "tranqüilizou" os moralistas e hipócritas de plantão dizendo que não haverá uma história de amor gay na novela, e que foram escolhidos dois atores pelo talento que ambos têm. Uma pena, porque quem sabe assim esse "seriado adolescente sem fim" se tornaria mais relevante....


Em contrapartida, quando o publicitário Luciano Lupo, 27 anos, recebeu o título de gay mais bonito do BRASIL, em outubro no Mister Gay 2007, seu perfil foi o mais visitado no site do Big Brother Brasil 2008, programa da mesma emissora de Malhação. O publicitário se inscreveu para a nova edição do BBB e quando virou notícia com o título recebido, não deu outra: seu perfil foi um dos mais acessados para futuros candidatos a participar do reallity show... aguardemos, e quem sabe um novo Jean Willys esteja a caminho...


Mas o fator gay não é só notícia no Brasil. Pelo contrário. Afinal o "mal estar" em uma pessoa desejar uma pessoa do mesmo sexo em suas relações também gera notícia e polêmica em outros cantos do mundo. Em Cantão, Sul da CHINA, uma senhora de 60 anos criou um blog para defender seu filho homossexual. Wu Youjain se tornou a primeira mãe a defender seu filho através da criação de um blog, onde ao contar sua experiência espera que num país onde os gays ainda sofram discriminação - alguém aí pensou no BRASIL ou qualquer outro país do mundo? - outros pais de homossexuais aceitem a condição de seus filhos. O filho dela foi o primeiro a "sair do armário" na província de Cantão, quando aos 18 anos disse que gostava de rapazes. Provavelmente ele era o único do local, não? hum!


Outra irreverente forma de combate ao preconceito aos homossexuais surgiu na ITÁLIA. Na região da Toscana, uma campanha publicitária - patrocinada pelo Ministério de Igualdade de Oportunidades, e que recebeu o apoio de associações de homossexuais e parte da esquerda e foi divulgada em outdoors e postais da região - traz uma foto de um recém-nascido com uma pulseira de identificação onde, em lugar do nome, está escrito "homossexual". Um dos responsáveis explicou que a campanha ressalta que o homossexualismo "não é um vício e, por isso, não deve ser condenado, marginalizado ou pior ainda, perseguido". É claro, que houve polêmica e gerou protestos no país em que se localiza o Vaticano... Per Dio! Onde vamos parar deste jeito? Você que está lendo esse texto, por favor, reflita... que diferença faz se o seu amigo, irmão, filho ou conhecido tem namorado ao invés de namorada ou o contrário? Ele ou ela vai deixar de ser a pessoa que é para você por ser gay ou não? Af!


Bem, se meus argumentos e exemplos globais não adiantam muita coisa convido então, para que você assista ao filme BUBLLE, do diretor e roteirista Eytan Fox, que mostra a história de três amigos que moram juntos em TEL-AVIV e tem suas vidas alteradas quando um deles, israelita, se apaixona por um um palestino. Sensível, político, bem-humorado e eficiente na medida certa. O filme mostrará para você que o preconceito aos gays é tão estúpido e desnecessário quanto a guerra entre ISRAEL e a PALESTINA. Bubble é sem dúvida um dos melhores filmes de 2007 e um dos melhores filmes que você assistirá na sua vida. Dúvida? Então vá ao cinema mais próximo e assista. Se você mora em BELO HORIZONTE, ele está em cartaz no Usina Unibanco de Cinema, localizado na rua aimorés, 2.424, bairro Santo Agostinho.
Para fechar este giro mundial cor-de-rosa , assista este vídeo de Madonna na sua Confessions Tour de 2006, cantando a música “Forbidden Love” no show gravado em LONDRES. Por quê? Primeiro, porque falar de gay e não mencionar Madonna é quase um disparate. Segundo, porque vale a pena mesmo. Confira, assista e reflita:

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

POESIA - Realmente desejável?




O Desejo – Número 2 da série “Capitalismo/Sociedade”
(Valmique)


Na insatisfação frenética

Não quero ser ultrapassado

Pelo último modelo lançado no mercado.

Assim, de forma quase infantil, desejo:

Isso,

Aquilo

e mais.

Depois,

não mais isso

nem aquilo.

Mas,

isso, aquilo e mais

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

POESIA – feita com sono?


O sono sagrado de cada dia
(Valmique)

Tudo é tão pouco

Mas o pouco já é muito

Muito o suficiente

para que eu perca o sono



ANOS 90 - Onze bons motivos para você saber que a música dessa década valeu a pena



Na excursão que fui ao Tim Festival (Saiba mais sobre o evento algumas postagens abaixo), conheci um rapaz que conversa vai, conversa vem me disse que os anos 90 não teve nada de bom na música, praticamente uma década "perdida". Bem, essa não é a primeira vez que ouvi algo do tipo e o que DESCORDO TOTALMENTE. E olha, que não estou falando isso, por ter sido a década em que acompanhamos o amadurecimento de Madonna (de Erotica a Ray Of Light), ou vimos a consagração do U2, sobretudo com a turnê PopMart. Para os que compartilham da visão sobre "a lamentável década de 90 para a música" segue 11 bons motivos, em ordem alfabética, para você mudar de opinião. Não dez motivos, mas onze, para numericamente mostrar que não há o que duvidar:

1 - ALANIS MORISSETTE

A cantora e compositora canadense revigorou o rock em 1995, com seu disco de estréia Jagged Litlle Pill. Neste trabalho, que quebrou recordes de venda em todo o mundo, ela mostrou honestidade nas canções e espontaneidade nas performances ao vivo de uma forma direta, algo que andava em falta no mundo da música. Em 98, ela voltou com Supposed Former Infatuation Junkie, disco em que mostrou novas perspectivas ao pop, com canções sem refrão e com diferentes estruturas musicais. Desde então, Alanis se tornou referência para o pop/rock feminino.


http://www.youtube.com/watch?v=8v9yUVgrmPY

2 - BECK

O verdadeiro camaleão dos anos 90. Está com Bjork na categoria de artistas mais originais. Afinal, é difícil olhar para trás e ver algo parecido com o que eles fazem. Mudou de estilo em cada disco, chegando a flertar com a bossa nova em Mutations de 98. Sem dúvida, um dos melhores discos da década passada é o seu Odelay, de 96.

http://www.youtube.com/watch?v=uCGYcqtPiuA

3 - BJORK

Esta islandesa chega a chocar por sua ousadia e criatividade. Alguns acham sua arte estranha e até "fria" quando na verdade é original e diferente do usual. Seu primeiro disco, de 93, chama Debut e o nome não poderia ser mais apropriado. Afinal, uma nova diretriz no pop e na música em geral surgiu a partir daí.

http://www.youtube.com/watch?v=EOepheinkCM

4 - JEWEL

Sua música nesta década foi feita, praticamente, só com sua voz e violão. Em alguns momentos chegava a parecer uma Bob Dylan de saias. Sua arte foi discreta e simples mas longe de ser insignificante. Pelo contrário: era lírica e emotiva. Pieces Of You , de 95, Spirit, de 98, e sua performance no festival Woodstock de 99 confirmam isso.

http://www.youtube.com/watch?v=v4T3-FjdVi4

5 - MARISA MONTE

Não poderia deixar de citar algum artista nacional e esta cantora, compositora e produtora carioca talvez seja a que tenho maior propriedade para falar a respeito. Apesar de seu primeiro disco ter saído em 89, foi nos anos 90 que ela se firmou como artista e entrou para o alto escalão da MPB. Ao longo dos anos, esta grande intérprete e de grande voz, soube mesclar canções com elementos tipicamente brasileiros e romantismo.

http://www.youtube.com/watch?v=VIfMPxfwKhw

6 - MOBY

Na década de 90 a música eletrônica foi um dos principais destaques. Artistas como Chemical Brothers e Prodigy trouxeram novas perspectivas para esse segmento musical, que foi a trilha sonora dos clubberes e das raves. E quando tudo já parecia ter sido feito sobre esse tipo de música eis que em 99, Moby aparece com Play. Neste disco, o artista que ao longo da década fez trabalhos alternativos de eletro-rock conseguiu dentre outras coisas, juntar a emoção do blues com a batida eletrônica.

http://www.youtube.com/watch?v=fqLvbpcsPj4

7 - NIRVANA

Goste do grunge ou não. Goste do Nirvana ou não. Mas o grunge, que tem o Nirvana como principal representante, foi um movimento musical original dos anos 90, tanto em vestuário quanto em musicalidade. E foi desse "movimento", que surgiu mais um ícone da história da música: Kurt Cobain. Mas se você não gosta de Nirvana, tem o Pearl Jam, se não gosta do Pearl Jam, tem o Alice In Chains. E pra que discutir, quando sabemos, goste ou não, que o disco Nevermind, de 91, é um clássico.

http://www.youtube.com/watch?v=kPQR-OsH0RQ

8 - OASIS

Os irmãos Gallagher podem fazer pose de antipáticos e talvez até sejam. O melhor que produziram com certeza está nesta década e não estou falando só de “Wonderwall”. Bem, se eles chegaram a ser comparados com os Beatles, ao menos por eles mesmos, já merecem estar aqui pela ousadia.

http://www.youtube.com/watch?v=hb0WamFJ2pg

9 - PJ HARVEY

Esta inglesa faz um rock visceral e poético desde seu primeiro trabalho , Dry, de 92. A cada disco lançado ela se mostrava cada vez mais primorosa e competente. Em 95, pareceu atingir o ápice com o disco To Bring You My Love. Mas como pudemos perceber, felizmente, esse foi mais um de vários excelentes trabalhos.

http://www.youtube.com/watch?v=me8aQA0VlI8

10 - PLACEBO

Uma mistura de glam rock, androginia, anos 80, melancolia e irreverência. A Banda liderada por Brian Molko, fez um excelente trabalho que acabou tendo o aval até de David Bowie. Seu disco de 98, Withou You I'm Nothing, é original e diferente de tudo feito até então. Seus videoclipes também são dignos de recomendação.

http://www.youtube.com/watch?v=jQQmAP9Poo4

11 - RADIOHEAD

Bjork está para o pop assim com o Radiohead está para rock. Esta máxima definitivamente não é exagero. Desde seu primeiro disco, Pablo Honey de 93, que o Radiohead mostrou ser muito mais do que uma sensação do britpop. Para os que tinham dúvidas, em 97 lançaram um dos melhores discos de todos os tempos: Ok Computer.

http://www.youtube.com/watch?v=9Ay699qcSb4

Gostou? Está faltando alguém? Smashing Punkins? Chico Scince? Red Hot Chilli Peppers? Racionais MC's? Metalica? Chemical Brothers? The Cartdigans? Está vendo, há muito mais do que 11 motivos que fazem a década de 90 ter valido a pena para a música.

POESIA - inspirada no real capital?



O Poder – Número 1 da série “Capitalismo/Sociedade”

(Valmique)

Ilusória sensação de vitória

Onde Ter é o pseudo sentido existencial

Competição desnecessária

Em incessantes disputas canibal

Egoísmo oportunista ou Oportunismo egoísta?

Tanto faz,

São "ismos" demais

para um só mundo:

capitalismo

TIM FESTIVAL 2007! - claro, não foi em Belo Horizonte



Talvez você que acompanha o PARENTZS não saiba, mas sou de Belo Horizonte, capital de Minas Gerais. Uma cidade bacana, não muito grande, mas uma das capitais brasileiras com um dos melhores índices de qualidade de vida - apesar de alguns contestarem isso. Bem, localização feita vamos ao que interessa:

No último fim de semana de outubro, eu fui para São Paulo, capital. Não porque eu sinta falta de garoa, apesar de BH ultimamente parecer implorar por uma, mas por eu ser, relativamente, um bom apreciador de música. Assim, eu TIVE QUE IR para São Paulo porque mais precisamente no dia 28 de outubro, aconteceu mais uma edição do TIM Festival: aquele festival bacana que todo ano trás alguns artistas idem para nossa terrinha tupiniquim. Na noite deste dia foi a vez de Bjork, Juliette and The Licks, Artic Monkeys, The Killers, dentre outros.

E por que eu fui para São Paulo? Ora, porque shows desse tipo não vêm para Belo Horizonte. Há uns dois ou três anos até teve uma edição do Festival em BH, mas parece que "não d'eu ibope". Penso: será que foi pelo fato do artista principal daquela vez ter sido Elvis Costello? Bem, o que se pode afirmar com certeza é que BH anda carente de bons shows internacionais. Se em outubro, por exemplo, São Paulo, Rio e Curitiba tiveram os artistas citados, além de outros bacanas como Anthony And The Jonshons e Cat Power, nós mineirinhos, tivemos Akon e o último show de Sandy & Júnior (uhu!).

Infelizmente, não fui em nenhum dos que tiveram em BH. Mas fiquei sabendo que no do Akon, aquele cantor de voz esganiçada que teve alguns hits nas rádios mundiais em 2007, não foi muito bom e Belo Horizonte ainda ficou "queimada" pra ele, já que ele pulou no meio do público e teve seu celular roubado. Mas me pergunto, o por que de alguém fazer o show com o celular no bolso? Talvez isso explique o show ter sido curto. Só sei, que quem tiver com o telefone móvel dele, por favor, ligue para a Madonna ou Gwen Stefani e fale com elas para incluírem BH na próxima turnê, ok? Quanto ao show dos irmãos "maria chiquinha"... bem, vamos ao Tim Festival:

Antes dos artistas principais da noite do dia 28 de outubro, teve a apresentação de Spunk Rock e Hot Chip. Na primeira banda não prestei muita atenção e o que ouvi não gostei: era algo como os batuques do Olodum com vocal em inglês. Já a segunda, me surpreendi com um bom eletro-rock, com referências a New Order. Com certeza, saí de lá ao menos com um dever de casa: ouvir algo mais do Hot Chip. Já os shows principais....

BJORK - Ela foi a razão principal para eu ter embarcado em uma excursão onde não conhecia ninguém rumo a São Paulo. O show dela teve atraso, por causa da montagem de seu palco/cenário, o que não me incomodou em nada, mas com certeza deixou os fãs das outras bandas chateados. Afinal, eles entraram no palco com apenas três horas de atraso. Mas como disse, ver a islandesa ao vivo compensaria tudo. E felizmente, não me enganei.

Bjork entrou no palco com um figurino característico de seu vestuário. Ou seja, algo exótico. A tal ponto que uma menina que estava ao meu lado disse "nossa, ela está parecendo nossa senhora aparecida" (?!) - País católico tem dessas coisas... O figurino de Bjork, que já na segunda música era outro, uma espécie de vestido meio sanfonado e colorido, a primeira vista parecia algo apenas exótico mesmo, mas com o passar do show você percebe que até este figurino contribui para sua apresentação. Como quando ela ia fazer reverência ao público no final das músicas, num gesto de agradecimento, a pose que fazia, mostrava seu vestido com um grande leque colorido.

A primeira música foi "Earth Interludes", single de seu último disco Volta, lançado em maio deste ano, que colocou todos para dançar em meio a gritos de euforia de fãs - como eu - que não acreditavam que a islandesa mais famosa do mundo estava a poucos metros de distância. Outras canções de Volta, como "Innocence" e "Declare Independance" - esta última fechou o show de forma catártica, com direito a papel picado, raio laser e Bjork mostrando uma veia rock'n'roll (resquícios do Sugarcubes?) - foram alguns dos pontos altos do show, que foi marcado por muitos momentos para dançar.

"Jóga" e "Anchor Song" foram as músicas que proporcionaram os momentos mais lindos, poéticos e emocionantes do show. Talvez, porque realçaram a voz da cantora em uma das interpretações mais belas da noite. Que me deixaram olhar para o céu e me perguntar "how beautiful to be?". Anchor, ainda teve o acompanhamento, mais ressaltado, de uma banda de sopro formada só por mulheres, que Bjork trouxe da islândia. Em alguns momentos, Bjork parecia uma criança se divertindo no quarto com os seus brinquedos preferidos e nós, o público, olhando isso pela janela: um privilégio, sem dúvida.

Entretanto, confesso que o show de Bjork não é para esse tipo de festival, ao menos à proporção que o TIM Festival tem tomado: público grande e locais abertos. Mas de qualquer forma foi Bjork, que tem uma das mais belas vozes e criatividade do mundo da música, ao vivo.

JULIETTE AND THE LICKS foi a próxima atração, depois de um intervalo merecido. A cantora, que tem em seu passado uma admirável carreira de atriz, fez uma das apresentações mais performáticas da noite. Por que será? Bem, o que importa é que ela, acompanhada de uma clássica formação de banda de rock - bateria, baixo e guitarra - desempenharam muito bem e de forma sensual a razão de estarem ali. A frontwoman conseguiu com canções básicas de rock, e nem por isso ruins, como "sticky honey", fazer a platéia balançar. Inclusive eu, que não conhecia tão bem o seu repertório. Já os fãs de Juliette foram uns espetáculos a parte: foram com um cocar de índio na cabeça, como o que ela usa na capa de Four On the floor, seu mais recente disco, e não coincidentemente, abriu o show usando um. Até eu queria estar com um desses.

ARTIC MONKEYS desculpe-me: não vi o show de vocês. Sim, eu estava no festival, mas estava acabado quando vocês entraram no palco e ainda tinha o show do Killers... Mas calma, não me ignorem. Antes de ir a São Paulo, ouvi bastante os discos de vocês e fiquei positivamente surpreso e entendi por que todo o frenesi em torno de vocês. Além disso, o clipe de "florescent adolescent" é um dos mais legais lançados nos últimos tempos. Mas não deixem o Brandon Flowers ouvir o que vou dizer, por que ele parece ser bem vaidoso, mas eu achei o disco de vocês até mais interessantes que o de sua banda. Mas então, por que eu assisti ao show deles e não o seu? Bem, como disse, estava cansado e... na boa? Não ia abrir mão de pular e gritar em "Read My Mind" e "When You Were Young".

THE KILLERS subiu ao palco por volta das 4 da manhã. Parece que a parada no show do Artic Monkeys foi estratégica porque eu estava no pique total. Ou será que foi o açaí que eu tomei antes do show? Sim, eu tive que tomar açaí porque água e refrigerante não tinha mais no Festival. Isso mesmo, paguei R$100 reais no ingresso e pagava 3 reais para um copo 500 ml de água para antes do final do festival não ter mais água nem refrigerante. Tinha um resto de cerveja ainda.. mas como não tomo cerveja... Ou seja, só resta dá um grande e sonoro Parabéns aos organizadores. Voltando ao show...

A banda do charmoso Brandon Flowers tocou por volta de uma hora e levou o público ao delírio. Eu não sou fã da banda, mas gosto de algumas músicas e até das inserções de Brandon no piano. Eles me lembram um pouco do Queen e até do U2 e os dois discos da banda são consideravelmente diferentes. Talvez o The Killers esteja na adolescência: ainda não sabem quem são e por isso buscam referências nos ídolos, mas mesmo assim conseguem soar originais ou ao menos revigorantes o suficiente para fazer as 20 mil pessoas que estavam no Anhembi, em São Paulo, pularem e cantarem junto suas canções, como quando emendaram “When You Were Young” e “Somebody Told Me”. Aliás, cantar e pular foi quase ordem ao longo do show do Killers. E para completar, ao menos onde eu estava, não estava tão cheio, não teve confusão e estava até um clima fraterno onde todos pulavam e cantavam juntos. E olha que eu não estava na área VIP. Sim, o TIM Festival desse ano inventou essa palhaçada.... O Show do Killers foi bacana e fechou a noite, ou melhor, o dia, afinal era por volta de 5h quando eles saíram do palco. Os norte-americanos com certeza fizeram todos irem embora satisfeitos e felizes de terem participado de uma das melhores noites de música deste ano.

Mas se você mora em BH e tem esperanças de que algo bom aconteça em alguma casa de show da cidade. Adianto, que é bom você procurar uma agência de viagem mais próxima. Ao menos neste mês de novembro. A não ser que você seja fã de JOJO. "Quem?" Eu respondo: Uma garota de 15 anos que canta "Too Little Too late". Não adiantou muito né? Bem, ela vem para um dos principais festivais de BH em novembro. O mesmo festival que no ano passado trouxe Black Eye Peas e New Order. Uma edição exceção na história do Festival, que frustrou todos os mineiros que esperavam algo do tipo em 2007. Bem, em São Paulo e Curitiba, vai ter Chemical Brothers, Lily Allen, Cansei de Ser Sexy dentre outros. Bem, se continuar assim, talvez eu não more mais aqui.

Mas até que BH às vezes surpreende. Afinal já tocaram aqui na cidade Moby e The Cardigans, dois showzaços. Sobretudo o do careca, mas confesso que ambos estavam relativamente vazios. Talvez seja por isso que não tenha tanto shows gringos na cidade. Talvez, afinal, também já vieram “para cá” Norah Jones e Fat Boy Slim, shows em que o público simplesmente compareceu em peso. Lotando os locais onde foram realizados. Talvez, o que falte, seja os organizadores e produtores locais trazerem mais opções ao público “musical” da cidade.

domingo, 21 de outubro de 2007

POESIA - para fazer sentido (?)



Sentir
(Valmique)


Isso não faz sentido para você

Como o que você faz não faz sentido para mim

Mas aqui estamos nós: insistindo em achar sentido

Mesmo quando já sentimos, que não há mais sentido.

5º FIQ! - fui e fiq(uei) deslumbrado com o festival internacional de quadrinhos


Como reunir em um só lugar a imaginação infantil, com a seriedade do mundo adulto e o vigor juvenil? Ora, nos quadrinhos ou mais precisamente, no Festival Internacional de Quadrinhos da América Latina, que esteve em Belo Horizonte de 16 a 21 de outubro, em sua 5a edição. Difícil de acreditar? Imagina! Porque foi possível entre ilustrações, histórias em quadrinhos, tiras de gibi, mangá e até em painéis em texturas em alto-relevo, destinadas a pessoas com deficiência, entrar em um mundo onde é possível se divertir com o Menino Maluquinho e a Turma da Mônica; se permitir ir além da realidade e condição humana com Batman, Super-man e até rir, refletir e por que não lamentar do Brasil. E claro, conhecer algo além de Frank Miller, Ziraldo, Angeli e Maurício de Souza.

Sim, o mundo dos quadrinhos é ilimitável e por isso mesmo, fantástico. Confesso que foi a primeira vez que fui ao Festival e tive contato direto e mais aprofundado com esse fantástico mundo paralelo, que então, se “abriu” para mim de forma justamente... ilimitável. Afinal, foi possível em algumas horas ir desde questões existenciais do ser humano, passando pela fantasia das cores e imagens até problemas sócio-políticos contemporâneos.

Assim, dentre outros nomes, cores e idéias conheci a simpática “Turma do Xaxado”, uma revista em quadrinhos voltada ao público infantil - mas definitivamente não só para eles, eu garanto - com personagens característicos do Nordeste que é criação de Antônio Cedraz, que tem nada mais nada menos que o título de Mestre dos Quadrinhos Nacionais, concedido pela Associação de Caricaturistas e Desenhistas de São Paulo; A história de Black Jack, popular obra de mangá de 1970 do autor Osamu Tezuka – que já virou até jogo de video-game, que conta a história de um cirurgião que também cura as almas das pessoas; Uma homenagem, merecidíssima, a Oscar Niemyer, pela celebração dos 100 anos do arquiteto, com trabalhos de Angeli a David Lloyd; E as ilustrações de realismo fantástico do Orlando Pedroso, que também foi homenageado no 5o FIQ.

Prova do mundo ilimitavelmente fantástico dos quadrinhos é saber que o relato nos parágrafos acima, foi apenas uma parte do todo. Porque além das exposições, houve palestras e mesas redonda com convidados nacionais e internacionais, oficinas, mostras de filmes. Além da homenagem ao Japão, terra dos famosos Mangás.

O 5o Festival Internacional de Quadrinhos foi realizado na Serraria Souza Pinto pela Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Fundação Municipal de Cultura e da Editora Casa 21, com patrocínio da Usiminas. E o melhor, toda a programação teve entrada gratuita.

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

A ARTE DE BRITNEY - de uma exposição em Hollywood até o clipe de Gimme More

Em suas performances ao vivo ela não canta, dubla. Há quase quatro anos ela não lança um disco, o que é muito tempo para uma artista pop que já foi considerada até sucessora de Madonna. Suas últimas notícias estão relacionadas 90% sobre sua vida pessoal e os outros 10% sobre o seu trabalho e o que nem sempre são positivas, como foi sua fraca performance na premiação da MTV norte-americana deste ano. Poderia mesmo assim Britney Spears ser considerada arte? Ao menos para os documentaristas Fenton Bailey e Randy Barbatos a resposta é sim. Acontece, que os dois abriram em 28 de setembro uma exposição com 50 quadros e esculturas em uma galeria de Hollywood intitulada "Just Britney". É isso mesmo, uma exposição expondo os feitos super-expostos pela mídia mundial da intitulada "princesinha do pop" durante seus 25 anos de existência e muitos deles dedicados à arte, de entreter, pelo menos.


Exagero? Talvez a própria Britney venha com a resposta em uma de suas novas músicas, que fará parte do seu novo disco que sairá no final deste mês e que já "vazou" na rede. No início de "Piece Of Me" ela canta: "I'm miss american dream since i was seventeen... and you want a piece of me". Ou seja, para quem há quase uma década vive no holofote da indústria cultural norte-americana talvez tenha algo relevante a dizer/mostrar com o seu trabalho ou vida pessoal, já que sua vida pessoal parece ter se tornado parte significativa de seu trabalho ultimamente.


Na exposição há trabalhos que retratam momentos importantes e delicados de sua vida/carreira. Como o beijo na boca de Madonna na premiação da MTV de 2003, reproduzido em uma tela, e um quadro de 3 metros por 1,8 baseado em uma foto de um paparazzo que mostra ela sem calcinha ao sair de um carro. Ainda há espaço para trabalhos mais conceituais sobre uma artista nem tão profunda assim, como o retrato "Gum Blond XLVIII", de Jason Kronewald, feito de chiclete mastigado.


Para um dos curadores, o motivo da escolha da artista como tema de uma exposição é o fato dela polarizar opiniões hoje em dia. Justificativa difícil de discordar, já que os trabalhos atuais de Britney serem no mínimo controversos. Um exemplo recente, é o clipe de sua nova música de trabalho, GIMME MORE. No vídeo (veja no link: http://www.youtube.com/watch?v=MBTIqZByx5A ), uma Britney loira assiste uma Britney morena stripper. O primeiro minuto do clipe gera até uma expectativa já que ela aparece provocante e se insinua para a câmera, mas o clipe não evolui a partir disso. Chega a lembrar sua fraca performance na premiação da MTV desse ano: pouca dança e figurino de gosto duvidoso. Sendo o grande segredo do clipe, dirigido por Jake Safarty e idealizado por Spears, é a edição, que consegue fazê-lo ficar menos maçante. Este trabalho passa longe de produções anteriores como os vídeos de I'm Slave 4 U e Toxic, grandes sucessos da moça. Nem mesmo a terceira versão deste clipe (?!), onde ela mostra os seios, tampando os mamilos com uma espécie de tatuagem, melhora o vídeo. Em suma, o clipe repete o que vem mostrando Britney, a artista, ultimamente: Preguiçoso e aquém do seu passado musical e expectativas para o seu futuro. Para quem chegou a ser considerada "princesa do pop" é pouco. Muito pouco.


Mas se você é fã de Spears, calma. Nem tudo parece perdido. Já que suas novas músicas, tanto Gimme More quanto Piece Of Me são ótimas. Ótimas mesmo. Excelentes músicas eletro-dance contemporânea. Mas é difícil precisar até que ponto ela está envolvida nisso, já que em suas canções há tanta produção por traz. E no mundo pop em que Britney está inserida, só a música não é o suficiente, a imagem tem que ser tão boa quanto ou até superior. Mas ultimamente ela parece ter esquecido disso... como podemos perceber na recém divulgada capa de seu novo disco, que é muito ruim (veja no link: http://www.britney.com/) . Primeiro, porque utiliza a mesma foto que estampa o single de Gimme More e é a mesma que vem sendo utilizada desde o início de seu "aguardado retorno" ao mundo da música. Segundo, pela arte precária feita em cima da foto, algo que nem estudante do primeiro período de Publicidade faria. Mas talvez, mais uma vez a própria Britney tenha a resposta. Dessa vez, com a escolha do nome do novo disco. O novo trabalho se chamará BLACKOUT, que significa algo como apagão ou momento em que todas as luzes são apagadas. Assim, quem sabe com esse disco ela resolva ou consiga apagar o que fez recentemente em relação a sua vida pessoal e artística OU apague as luzes e se recolha até que esteja disposta a retornar ao show business de forma digna.

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

INDIE 2007! - o lado cool e o nada cool do cinema


Uma relação incestuosa verídica, entre mãe e filho com um fim trágico. A invenção de um carro movido a sangue humano. O quebra-cabeça de duas crianças japonesas ao lidar com a morte dos pais. Tudo isso, ao som do bom e velho... Punk.

Seria o parágrafo acima mais uma poesia fruto do inconsciente? Nada disso. São apenas poucas palavras para exprimir a idéia de alguns dos filmes exibidos no INDIE 2007 - Mostra de cinema mundial, realizado pela Zeta Filmes, que aconteceu em Belo Horizonte entre os dias 5 e 11 de outubro no Usina Unibanco de Cinema e no Cine Humberto Mauro.

Filmes chocantes? Sim, mas o INDIE é isso e muito mais. Há filmes chocantes, mas também fortes, densos, inteligentes, instigantes, clássicos, bizarros, politicamente toscos e na pior das hipóteses, “blasé demais” ou “viajado demais” ou “artístico demais”. Temáticas a parte, o INDIE é na verdade um evento obrigatório para quem gosta de apreciar a sétima arte produzida em várias partes do mundo.

A Mostra, que realizou sua sétima edição neste mês de outubro, exibiu 129 filmes de 23 países. E o melhor, de graça. E se você mora em BH e neste exato momento se pergunta “onde eu estava que não prestigiei isso?”. Tente relaxar, sabendo que a divulgação do festival não é lá essas coisas, o que pode justificar você não ter sabido disso. Mas quem foi, sabe o quanto vale a pena. Mesmo ficando na fila um bom tempo antes da distribuição de ingressos ou até mesmo ter assistido alguns dos filmes sentado no chão. O que nos leva a crer, que seria interessante os organizadores pensarem em aumentar os locais em que se realiza a Mostra. Mas mesmo assim, o INDIE funciona, e bem. Então, o que um festival tão cool, no sentido mais amplo possível e não apenas por exibir o novo de David Lynch antes de entrar em cartaz, poderia ter um lado nada cool? A resposta pode ser você que está lendo esse texto. Porque o maior problema: é o público.

Mas calma, não é nada específico quanto ao público que freqüenta o INDIE. Mas de certa forma é triste perceber no público que freqüenta esse tipo de “festival” ter o mesmo comportamento, ao menos em sua grande maioria, do público que freqüenta salas de cinema de Shopping Centers. Talvez, seja por boa parte do público ser adolescente e essa fase é difícil mesmo, eu mesmo já fui convidado para me retirar de salas de cinema quando tinha meus 15, 16 anos. Ou talvez, e pior, seja falta de educação mesmo.

A má conduta do público começa antes mesmo de entrar na sala de exibição do filme, porque ao invés das filas crescerem em comprimento, crescem em largura. Se por um lado a organização deixa a desejar na fiscalização/controle, por outro, falta ao público consciência e respeito. Isso pode ser frustrante quando você está em uma dessas filas e tem que sentar no chão ou até mesmo não ver o filme porque os coleguinhas do cara da frente "pegaram o seu lugar".

Já na sala de exibição é preciso mais do que um parágrafo para falar dos problemas que lá acontecem. Primeiro tem o tal do celular. Quando o indivíduo não resolve atender a ligação no meio do filme para dizer justamente "estou no meio do filme, não posso falar, depois eu te ligo" - como assim?! Como alguém pode ser tão estúpido a esse ponto?! – há os que colocam o aparelho no silencioso e aí, durante o filme o celular vibra e a pessoa olha para o visor para saber quem é que está ligando e faz em silêncio e com gestos a verbalização da frase entre aspas acima.

Outro acontecimento na sala, paralelo ao filme que está sendo exibido, é quando sua visão de repente é tomada de sobressalto por uma luz, que não é a oriunda da sala de projeção e sim do visor de celular. Porque não sei quem divulgou a informação de que só mexer no celular durante o filme não atrapalha.

E não para por aí: Há o cara de traz que resolve fazer comentários (óbvios) durante o filme. A moça do lado que cochicha com sua colega sobre o filme exibido durante toda a exibição e por ser um sussurro, ela acha que não está atrapalhando ninguém. Ainda tem o mané da frente, que ri de tudo e faz piada de tudo.

E há situações realmente preocupantes, relacionadas diretamente ao grau de abstração do espectador. Percebi, que algumas pessoas devem supor que quando não há diálogo no filme a conversa está liberada. Afinal, são só imagens. E imagem não diz nada e o que diz é dito pela boca do personagem ou narrador, certo? POR ALMODÓVAR! Por favor, antes de ir ao INDIE ou a QUALQUER SALA DE CINEMA tenha a postura e comprometimento adequados. Mas se você acha que não conseguirá deixar de fazer nenhuma das atitudes descritas acima, por favor, alugue um DVD e assista em casa e encha o saco só da sua mulher ou de seu marido, isso, se você sendo chato (a) desse jeito ainda for capaz de ter um(a). Porque essas são atitudes que DEFINITIVAMENTE atrapalham a concentração de quem gosta de apreciar um bom filme.

Assim, ou melhor, não sendo assim, o INDIE será ainda melhor, por mais incrível que isso possa parecer.

PS: Os filmes que citei no início desse texto são respectivamente: Savage Grace de Tom Kalin, que pra sua felicidade deve entrar em cartaz e você poderá assistir uma das melhores atuações de Julianne Moore. Carro A Sangue (Blood Car) de Alex Orr, que infelizmente quem viu, viu. Quem não viu, pode lamentar. Estrada 225 (Route 225) de Yoshihiro Nakamura, que provavelmente não entrará em cartaz apesar de ser um filme de 2006 e Punk's Not Dead um documentário de Susan Dynner que também dificilmente entrará em cartaz.. Pois é, o INDIE tem disso, mas não lamente tanto, alguns filmes exibidos já entraram em cartaz em algumas capitais do Brasil e podem ser que sejam exibidos em outras.

terça-feira, 16 de outubro de 2007

VOU TER QUE VIRAR FÃ DA IVETE? – desabafo de um brasileiro que aprecia música pop internacional



Três questões estão me incomodando profundamente no momento. Elas estão diretamente relacionadas ao fato de ser brasileiro, de classe média e morar aqui no Brasil. Não, não estou falando sobre a subida de posições do país em algum dos rankings de pobreza e corrupção divulgados pela ONU ou algo do tipo. Não meu caro, tenho questões mais importantes que me afligem no momento. Como o novo disco da Natalie Imbruglia, o novo da PJ Harvey que ainda não foram lançados no Brasil e até mesmo se as Spice Girls vão fazer show no país ou não.

NATALIE IMBRUGLIA lançou sua coletânea no início de setembro no exterior, intitulada Glorious – The Singles 1997-2007, e aqui no Brasil, nem sombra. E pra agravar ainda mais essa ausência, esta coletânea vem acompanhada de um DVD com os clipes que ela lançou ao longo de dez anos de carreira – alguns, verdadeiras preciosidades do mundo áudio-visual, como os clipes das músicas That Day e Shiver. Este último, por exemplo, mostra como fazer de uma aparente "mais uma música de amor" algo bem mais interessante. Confira no link:http://www.youtube.com/watch?v=FxdGj817u4A

Ainda não sabe de quem estou falando? Ah, sabe sim... olha só:http://www.youtube.com/watch?v=nHKKFf4EDlM&mode=related&search=

Lembrou né? Pois bem, provavelmente você não sabe mais nada sobre Natalie Imbruglia além dessa música Torn – e agora, Shiver - o que é uma injustiça, porque ela é muito mais do que só essa música. Muito mesmo. Mas aqui no Brasil, não sei por qual motivo, ela não é "divulgada o suficiente". E essa coletânea que saiu há mais de um mês no exterior (!?!?!) e ainda não tem previsão de lançamento aqui no Brasil , seria um ótimo começo para você adentrar no mundo musical dessa australiana de feições tão belas quanto sua arte.

PJ HARVEY, definitivamente uma das minhas musas, lançou seu novo disco White Chalk no final de setembro e... Isso mesmo. Nada para quem mora aqui no Brasil. Se não fosse a internet, não seria possível, até o momento, ouvir essa inglesa que faz uma arte visceral e poética, trocar a guitarra pelo piano neste novo trabalho. Ouça sua primeira música de trabalho deste disco, When Under Ether, no link abaixo. Mas se você quer ver o que é uma mulher autêntica com o rock nas veias? Veja o DVD dela PJ Harvey On Tour Please Leave Quietly e mergulhe de cabeça, sem medo, porque vale a pena. Ouça:
http://www.youtube.com/watch?v=74SwCYrALZM

Sim! Elas voltaram! Ou melhor, anunciaram a volta e voltam mesmo no final do ano, em novembro, quando saem em turnê pelo mundo e lançam um álbum com os maiores sucessos. Sim, estou falando das SPICE GIRLS. E porque estou falando delas? Porque tenho que confessar, que eu curto (ou curti?) essas garotas que na verdade hoje já tem mais de 30 anos e são quase todas mães. Constrangedor? Talvez... Afinal, todos gostamos de alguma coisa que preferimos que os outros não saibam... Enfim, quando soube que elas voltariam para a turnê e tal confesso que vi a notícia com um saudosismo adolescente mas depois achei a idéia boa – mesmo que aparentemente oportunista - a ponto de querer que elas façam o show aqui no Brasil. Mas como não é surpresa para quem leu os parágrafos acima, o Brasil também não está dentro, ao menos até a segunda ordem.

Mas nós do terceiro mundo que gostamos de artistas pop internacional já deveríamos estar acostumados com o fato deles ignorarem nosso carinho, certo Madonna? Bem, acostumados estamos, mas dá pra entender o por que das garotas apimentadas incluírem a Argentina nessa turnê e o Brasil ficar de fora? Sim, elas irão fazer shows para nostros hermanos, vizinhos muy amigos argentinos no final de janeiro de 2008. Por que então não aproveitam e dão uma esticadinha até aqui? É só elas pegaram um jatinho e em menos de alguns minutos elas terão cruzado a fronteira. Ok, sei que grandes shows não são fáceis de serem realizados em qualquer lugar por causa da tal logística dentre outras coisas mas...Pô! O Brasil tem uma população maior que a da Argentina e há fãs delas aqui, tanto que alguns até fizeram um abaixo assinado para que elas tragam o show pra cá. Não entendo... deve ter uma cláusula no contrato delas com a Argentina permitindo que elas façam show em qualquer país da América latina, até na Guatemala, menos no Brasil, fruto da “guerra fria” Brasil x Argentina... Ou será – agora falando sério - que elas estão achando que o show em Buenos Aires é na "capital do Brasil"? Alguém por favor! Avisem as garotas! Rápido! Os macaquinhos brasileiros agradecem.

Para entrar no clima apimentado veja o link abaixo, cante e cruze os dedos! (Não, não sou eu nenhum deles com peruca) :
http://www.youtube.com/watch?v=6jQ-QDzyhpo&mode=related&search=

Bem, se você está querendo algum desses trabalhos ou show em terras brasileiras, o jeito é fazer uma "fezinha pro santo". Agora, começa a fazer sentido o Brasil ser um dos maiores países católicos do mundo. Afinal, só uma intervenção divina numa situação dessas. Até porque "eu sou brasileiro e não desisto nunca!" – Sacada inteligente (ou pertinente) esse slogan, hã? É, pelo visto é bom começar a abrir os horizontes, deixar opniões de lado, aproveitar a realidade onde me encontro e começar a ver o lado bom de Ivete Sangalo. (Se você sabe qual é me avisa, ok?)

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

OUTRA - poesia



Profundamente
(valmique)

Irrita-me

Profundamente

Perceber o quão permissivo fui

Em relação ao quanto você me afeta

É a sua rejeição

O seu parabéns

Seu beijo

Seu sexo

Sua superficialidade

São suas expectativas e as minhas frustrações

São minhas abdicações

Meus pequenos prazeres

Meu pró-ativismo

Minha auto-censura

É a minha espontaneidade

E a minha promiscuidade

Definitivamente,

Irrita-me

Minha negligência em relação a mim mesmo

Nessa matemática abstrata, eu e você

Sua influência demais

Minha reação de menos

Esta constatação,

Irrita-me

Profundamente

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

ADVINHA? - poesia



Vinícola em película
(valmique)


Algumas coisas

e pessoas, por que não?

São melhores para serem apreciadas com o passar do tempo

Como um filme de Woody Allen, por exemplo

Nesse caso,

O tempo é aliado

Testemunha e cúmplice

De nossa busca necessária

Em sermos melhores versões de nós mesmos,

Com o passar do tempo

VÍDEOS! - três maravilhosas formas de se entreter a um clik de distância


01 - Você pode até não ser religioso, mas há de concordar que uma intervenção divina nos dias de hoje, pela forma como o mundo está e as pessoas que nele habitam tem se comportado, não seria nada mal. Mas como você acha que Deus entraria em contato conosco nos dias de hoje? Dando entrevista para algum jornal de apelo popular? Desceria pelo céu de Nova Iorque para fazer discurso anti-todas-as-formas-de-terrorismo onde era o World Trade Center? Mandaria outro filho para andar sobre o rio Tietê em São Paulo para sair na TV? Ou escreveria uma carta e a publicara no You Tube? Se você gostou da última hipótese veja o filme abaixo e preste atenção nas palavras do Senhor moderninho. Pode ser até que Deus não tenha nada haver com isso, mas que a mensagem é boa, quase divina, isso é!
http://www.alanis.com/video/lettertogod.html

02 - Definitivamente a apresentação de Britney Spears na premiação da MTV gringa este ano foi decepcionante, até mesmo para os fãs da princesinha do pop. Mas não seria ótimo se tivesse sido diferente? Afinal, a música é boa e ver performances pop de qualidade é sempre bem vindo. Mas se é impossível voltar no tempo isso não quer dizer que seja impossível tentar ver as coisas de outra forma, sobretudo com a ajuda de um bom photoshop.... Talvez se Britney, sua gravadora, seus assessores e até a MTV tivessem pensando nisso...
http://www.youtube.com/watch?v=8njh3rgmHLI&mode=related&search=


03 – É necessário fazer uma propaganda sexy para anunciar desinfetante?! E ainda com um quê de filme pronô?! Como assim?! Vá ao site abaixo e confira. As donas de casa agradecem (e nós também).
http://www.cleaninghunk.com/