domingo, 21 de outubro de 2007

5º FIQ! - fui e fiq(uei) deslumbrado com o festival internacional de quadrinhos


Como reunir em um só lugar a imaginação infantil, com a seriedade do mundo adulto e o vigor juvenil? Ora, nos quadrinhos ou mais precisamente, no Festival Internacional de Quadrinhos da América Latina, que esteve em Belo Horizonte de 16 a 21 de outubro, em sua 5a edição. Difícil de acreditar? Imagina! Porque foi possível entre ilustrações, histórias em quadrinhos, tiras de gibi, mangá e até em painéis em texturas em alto-relevo, destinadas a pessoas com deficiência, entrar em um mundo onde é possível se divertir com o Menino Maluquinho e a Turma da Mônica; se permitir ir além da realidade e condição humana com Batman, Super-man e até rir, refletir e por que não lamentar do Brasil. E claro, conhecer algo além de Frank Miller, Ziraldo, Angeli e Maurício de Souza.

Sim, o mundo dos quadrinhos é ilimitável e por isso mesmo, fantástico. Confesso que foi a primeira vez que fui ao Festival e tive contato direto e mais aprofundado com esse fantástico mundo paralelo, que então, se “abriu” para mim de forma justamente... ilimitável. Afinal, foi possível em algumas horas ir desde questões existenciais do ser humano, passando pela fantasia das cores e imagens até problemas sócio-políticos contemporâneos.

Assim, dentre outros nomes, cores e idéias conheci a simpática “Turma do Xaxado”, uma revista em quadrinhos voltada ao público infantil - mas definitivamente não só para eles, eu garanto - com personagens característicos do Nordeste que é criação de Antônio Cedraz, que tem nada mais nada menos que o título de Mestre dos Quadrinhos Nacionais, concedido pela Associação de Caricaturistas e Desenhistas de São Paulo; A história de Black Jack, popular obra de mangá de 1970 do autor Osamu Tezuka – que já virou até jogo de video-game, que conta a história de um cirurgião que também cura as almas das pessoas; Uma homenagem, merecidíssima, a Oscar Niemyer, pela celebração dos 100 anos do arquiteto, com trabalhos de Angeli a David Lloyd; E as ilustrações de realismo fantástico do Orlando Pedroso, que também foi homenageado no 5o FIQ.

Prova do mundo ilimitavelmente fantástico dos quadrinhos é saber que o relato nos parágrafos acima, foi apenas uma parte do todo. Porque além das exposições, houve palestras e mesas redonda com convidados nacionais e internacionais, oficinas, mostras de filmes. Além da homenagem ao Japão, terra dos famosos Mangás.

O 5o Festival Internacional de Quadrinhos foi realizado na Serraria Souza Pinto pela Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Fundação Municipal de Cultura e da Editora Casa 21, com patrocínio da Usiminas. E o melhor, toda a programação teve entrada gratuita.

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