Antes que se pergunte, caro leitor, não, não escrevi errado. Madonna, a rainha do pop, entrou para o hall da fama do rock’n’roll. O local para louvar a vida e obra de grandes nomes do rock’n’roll. Madonna agora figura ao lado de Chucky Barry, James Brown, Elvis Presley, dentre outros, no museu localizado em Cleveland, Ohio (EUA). E se você está achando isso estranho... termine de ler o texto.
Se Madonna já era pop demais para algo dito rock’n’roll, imagine que quem apresentou a artista foi o não menos pop Justin Timberlake, que em seu discurso disse que Madonna é como “uma vacina na bunda quando todos precisamos”. E se isso está esquisito, é porque você ainda não viu a performance de Iggy Pop and The Stoogies, durante a cerimônia, cantando Burnning Up e Ray Of Light da rainha do Pop.
Mas calma caro leitor, não desista do texto, nem mesmo de Madonna. Esta homengem é mais do que merecida. Ela já está na ativa há 25 anos e durante todo esse tempo sempre foi relevante para a música e foi mais rock’n’roll do que muitos artistas que usam guitarras, vestem preto e tem tatuagens por aí. Sim, porque para entender esta merecida homengem é preciso saber que rock’n’roll está muito além do que guitarras, tatuagens e vestir de preto.
Se procurar, verá que na última turnê Madonna toca guitarra, veste preto mas não tem tatugem, mas tem atitude. E isso ela sempre teve. E talvez por isso, ela recebeu a homenagem onde recebeu. E merecida. Ok, se o que digo não basta. Entao pense nas frases “Bela música”, “Como uma virgem tocada pela primeira vez”, ditas por Iggy Pop, uma lenda viva do rock’n’roll, durante a performance na cerimônia do rock’n’roll of Fame, que de esquisita não teve nada. Pelo contrário, fiquei arrepiado quando assisti de tão bacana que foi.
E se palavras ainda não são o suficiente, vejam abaixo quatro vídeos durante a carreira da Madonna que mostram o que é ser rock’n’roll. E de brinde, a performance do Iggy Pop cantando Madonna:
Performance no VMA EM 1984. Nada de efeito especial, só ela e sua ousadia. O suficiente ao propósito da blond ambition: conquistar o mundo.
Clipe de Like A Prayer. Aqui acontece o impossível: sensualidade, religião e preconceito convivem de forma harmoniosa em um mesmo lugar. Vídeo de 1989, no enquarte desse disco, que tem o mesmo nome da música, há informações sobre AIDS, em uma época em que era difícil falar sobre o assunto.
Clipe de Justify My Love. Para muitos, apenas sem vergonhice, para outros, ousadia. Para mim, um pouco de cada coisa mas principalmente mostra a mulher como detentora do próprio desejo. Um controverso ato feminista.
Performance ao vivo da música “American life”na turnê The Reinvention Tour de 2004. Madonna se posiciona contra a guerra e coloca essa posição política como parte de seu show. Um espetáculo que rendeu elogios até do escritor e documentarista Michael Moore.
Iggy Pop cantando Madonna. Na já mencionada cerimônica que colocou A Rainha do Rock no hall da história do Rock´n´roll.
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