sábado, 5 de abril de 2008

ACHADOS PERDIDOS - parte 1


Onde estou, não importa. Para onde vou, talvez. De onde vim, quem sabe. Estou em um local de passagem. Ou seja, em qualquer ponto de uma cidade grande.

Com certeza não estou só. O que não quer dizer que eu esteja acompanhado. Nas ruas: carros, ônibus e até pessoas. Uma sinfonia ruidosa de buzinas, freios, aceleradores e vozes. Nas calçadas, as pessoas vistas do alto, são como formigas, indo de um lado para o outro. Com pressa, claro. Tanta pressa, que a paisagem em sua maioria, é despercebida. Mas essa paisagem também não é grande coisa. Não que a arquitetura não seja digna, mas resume-se a prédios e edifícios.

De onde estou, vejo tudo isso e tenho que decidir o que fazer. Não sei se volto para um relacionamento desgastado ou vou para um emprego que não me identifico. Não sei se volto a um vício auto-destrutivo ou se vou para uma nova mania compulsiva. Não sei se fico sem fazer nada ou se corro o mais rápido que puder. Não importa minha decisão, o tempo, não espera. Amanhã, é aniversário.

autor: Valmique
imagem: obra de Vik Muniz

2 comentários:

Unknown disse...

jú, quando atualizar o blog envie também apara jô (irmão de kéia) jospinto25@yahoo.com.br . Bjs

Priscila Cunha disse...

"Com certeza não estou só. O que não quer dizer que eu esteja acompanhado".
Demais, Mickey! Só esse trecho e eu já sei o que vc quer dizer...

Saudade de vc!
E ansiosa pela próxima postagem.
Bjo imenso!